domingo, 8 de outubro de 2017

A batalha continua…

A batalha continua…


Tramitava desde agosto de 2015 o Plano Nacional de Educação (PL 1038/15) –– o qual fazia referência à ideologia de gênero que seria introduzida nos currículos escolares ––quando, em 14 de junho de 2016, graças ao esforço do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira e de muitos defensores da instituição familiar (através de telefonemas, envios de e-mails, fax, contatos com parlamentares etc.), o referido plano foi aprovado, só que sem menção a essa famigerada ideologia. A campanha de e-mails do IPCO enviou 78.548 mensagens aos deputados de São Paulo.
Contudo, os inimigos da família continuaram a agir como se não tivessem sofrido uma fragorosa derrota, não só no Estado de São Paulo, mas na maioria das cidades brasileiras e, especialmente, no Congresso Nacional.
Assim, trava-se atualmente em diversos colégios e universidades uma renhida batalha a propósito da implantação de banheiros destinados à esdrúxula diversidade de “gênero”. A Câmara Municipal de Barretos (SP), por exemplo, convocou a população para uma audiência pública no dia 21 de setembro a fim de debater sobre o assunto. [1]
Como, de acordo com o PL 1038/2015, não há base legal para a implantação da ideologia de gênero nas escolas, o vereador Raphael Aparecido de Oliveira (PRP) alega que, “segundo o Governo do Estado de São Paulo, as escolas devem seguir a Lei Estadual nº 10.948, que versa sobre discriminação em razão de orientação sexual e identidade de gênero”. Essa lei, entretanto, não faz referência à “identidade de gênero” nem a banheiros, mas à “prática de discriminação em razão de orientação sexual”.[2]
Tal manobra, porém, chamou a atenção do bispo diocesano de Barretos, D. Milton Kenan Júnior (foto ao lado), especialmente pela insistência do Estado em implantar a ideologia de gênero nos colégios. “Causa preocupação o fato de o Estado brasileiro num momento de tanta fragilidade política e social, insistir por implantar nas escolas públicas ações que não erradicam a discriminação ou o preconceito (no caso dos homossexuais, discentes travestis e transexuais), mas corroboram com a falência da instituição familiar e a devastação de valores que promovem a família e a dignidade da vida humana” – observou o Prelado.
Nesse sentido, adverte que “admitir a sexualidade como ‘construção social’ é relativizar o que há de mais sublime na existência, ou seja, a maternidade, a família, a religião, a ética, a tradição, os valores culturais”. (grifo nosso)
Reduzir o tratamento da ‘identidade sexual’ a um conjunto de medidas sem considerar as implicações na vida pessoal, social e comunitária dos indivíduos e, sem ouvir todos os interessados como as famílias, os educadores, as igrejas e os que estão mais próximos da formação das novas gerações soa como uma atitude arbitrária” ––  assinalou o prelado.
Segundo os promotores dessa ideologia, existem mais de 60 tipos de “gêneros”. Como é impraticável e economicamente inviável a construção de um banheiro para cada gênero, certamente manterão os dois banheiros, masculino e feminino, mas em lugar das palavras “homem” e “mulher” colocarão um símbolo indicando todos os “gêneros”. Esta é a meta, ou seja, a extinção dos sexos conforme Deus os criou!
Como podemos notar, essa batalha nada tem a ver com banheiros, mas com a quebra –– através de um igualitarismo revelador de uma profunda revolta contra a ordem estabelecida por Deus no Universo –– das últimas barreiras existentes entre as pessoas, quais sejam as diferenças entre os sexos. Rompem-se também assim os últimos vestígios da modéstia, do pudor e do respeito que deve existir entre as pessoas de sexos diferentes, privando-as deste indispensável muro de proteção sem o qual em nada elas se diferenciam dos animais.
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