A batalha continua…
Tramitava desde agosto de 2015 o
Plano Nacional de Educação (PL 1038/15) –– o qual fazia referência à ideologia
de gênero que seria introduzida nos currículos escolares ––quando, em
14 de junho de 2016, graças ao esforço do Instituto Plinio Corrêa de
Oliveira e de muitos defensores da instituição familiar (através de
telefonemas, envios de e-mails, fax, contatos com parlamentares etc.), o
referido plano foi aprovado, só que sem menção a essa famigerada
ideologia. A campanha de
e-mails do IPCO enviou 78.548 mensagens aos
deputados de São Paulo.
Contudo, os inimigos da família
continuaram a agir como se não tivessem sofrido uma fragorosa derrota, não só
no Estado de São Paulo, mas na maioria das cidades brasileiras e,
especialmente, no Congresso Nacional.
Assim, trava-se atualmente em
diversos colégios e universidades uma renhida batalha a propósito da
implantação de banheiros destinados à esdrúxula diversidade de “gênero”. A
Câmara Municipal de Barretos (SP), por exemplo, convocou a população para uma
audiência pública no dia 21 de setembro a fim de debater sobre o assunto. [1]
Como, de acordo com o PL 1038/2015,
não há base legal para a implantação da ideologia de gênero nas
escolas, o vereador Raphael Aparecido de Oliveira (PRP) alega que, “segundo
o Governo do Estado de São Paulo, as escolas devem seguir a Lei Estadual nº
10.948, que versa sobre discriminação em razão de orientação sexual e
identidade de gênero”. Essa lei, entretanto, não faz referência à “identidade
de gênero” nem a banheiros, mas à “prática de discriminação em
razão de orientação sexual”.[2]
Tal
manobra, porém, chamou a atenção do bispo diocesano de Barretos, D. Milton
Kenan Júnior (foto ao lado), especialmente pela insistência do Estado em
implantar a ideologia de gênero nos colégios. “Causa
preocupação o fato de o Estado brasileiro num momento de tanta fragilidade
política e social, insistir por implantar nas escolas públicas ações que não
erradicam a discriminação ou o preconceito (no caso dos homossexuais, discentes
travestis e transexuais), mas corroboram com a falência da instituição
familiar e a devastação de valores que promovem a família e a dignidade da vida
humana” – observou o Prelado.
Nesse sentido, adverte que “admitir
a sexualidade como ‘construção social’ é relativizar o que há de mais
sublime na existência, ou seja, a maternidade, a família, a religião, a ética,
a tradição, os valores culturais”. (grifo nosso)
“Reduzir o tratamento da
‘identidade sexual’ a um conjunto de medidas sem considerar as implicações na
vida pessoal, social e comunitária dos indivíduos e, sem ouvir todos os
interessados como as famílias, os educadores, as igrejas e os que estão mais
próximos da formação das novas gerações soa como uma atitude arbitrária” ––
assinalou o prelado.
Segundo os promotores dessa
ideologia, existem mais de 60 tipos de “gêneros”. Como é impraticável e
economicamente inviável a construção de um banheiro para cada gênero,
certamente manterão os dois banheiros, masculino e feminino, mas em lugar das
palavras “homem” e “mulher” colocarão um símbolo indicando todos os “gêneros”.
Esta é a meta, ou seja, a extinção dos sexos conforme Deus os criou!
Como podemos notar, essa batalha nada
tem a ver com banheiros, mas com a quebra –– através de um igualitarismo
revelador de uma profunda revolta contra a ordem estabelecida por Deus no
Universo –– das últimas barreiras existentes entre as pessoas, quais sejam as
diferenças entre os sexos. Rompem-se também assim os últimos vestígios da
modéstia, do pudor e do respeito que deve existir entre as pessoas de sexos
diferentes, privando-as deste indispensável muro de proteção sem o qual em nada
elas se diferenciam dos animais.
_________________________________
[1]http://www.acidigital.com/noticias/bispo-de-barretos-alerta-sobre-tentativa-de-implantar-banheiros-por-genero-em-escolas-15451/[2]https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/2001/lei-10948-05.11.2001.html
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