A agência de publicidade FCB rompeu sua relação de negócios de mais de cem anos com a empresa Nívea. O fato aconteceu após a empresa de cosméticos não ter aceitado uma proposta de campanha publicitária pró-homossexual.  Os funcionários de criação da FCB informaram que, durante um telefonema, o representante de Nívea teria dito: “We don’t do gay at Nívea” (não fazemos homossexual na Nívea).[1]
O CEO da FCB, Carter Murray, através de memorando interno aos seus funcionários, justificou a decisão de romper o contrato com Nívea no final de 2019: “Em cada relacionamento de longo prazo, chega um momento no qual refletimos sobre o que alcançamos juntos e desdobramos as velas para o próximo lugar onde a viagem nos levará. Às vezes, essa viagem que temos por diante exige decisões difíceis que conduzem por caminhos diferentes”.
Tais “caminhos diferentes” é certamente a opção pela ideologia de gênero que a empresa de cosméticos Nívea se recusa a seguir.
A propósito desse fato, o Grupo ACI entrevistou o cientista político argentino, Agustín Laje,  coautor de “O Livro Negro da Nova Esquerda”.[2]

Agustín Laje: o “pecado” de Nivea “não reside em ter atacado os LGBT em alguma publicidade, mas em não os ter celebrado. A ‘tolerância pela diversidade’ que exigem de Nivea não obedece ao que esta marca faz, mas ao que não faz”.

Laje observou que “possibilidade de iniciar, e óbvio também de terminar, um contrato privado, é uma das condições de liberdade. Portanto, que uma empresa privada deseje terminar seu contrato com outra não é em si mesmo um motivo de preocupação para aqueles que defendem a liberdade”. Há, entretanto, nesse caso,  segundo indica, um perigo notável “para esse indivíduo ou grupo” que não segue à risca os “ditames ideológicos em voga”.
Em sua entrevista, Laje enfatiza o absurdo dessa inversão de valores. Segundo ele, o “pecado” de Nivea “não reside em ter atacado os LGBT em alguma publicidade, mas em não os ter celebrado. A ‘tolerância pela diversidade’ que exigem de Nivea não obedece ao que esta marca faz, mas ao que não faz”.
“O sem sentido reside em que o conceito de ‘tolerância’ e ‘diversidade’ que se oferece é incapaz de tolerar qualquer manifestação, e mais ainda, qualquer não manifestação, diversa à ideologia da diversidade”, acrescentou Laje.
Finalmente, o cientista político destacou o autoritarismo da ideologia de gênero. Neste caso, já não estamos “falando de autoritarismo, onde a autoridade silencia toda opinião dissidente, posto que é incapaz de tolerá-la”, mas “estamos falando de totalitarismo, onde a autoridade exige não o silêncio, mas a afirmação obrigatória, visto que nem sequer é capaz de tolerar o silêncio”, afirmou. (Grifo nosso)
Esse caso de Nívea é mais um exemplo da ditatura da ideologia de gênero sobre a qual este site já divulgou vários artigos. A nossa Pátria não está livre dessa tirania, especialmente tendo em vista a recente decisão do STF que, por falta de lei que a defina como crime,  equipara a dita “homofobia” ao racismo.

Referências: