sábado, 24 de setembro de 2016

Criança é morta por eutanásia na Bélgica

Criança é morta por eutanásia na Bélgica

A eutanásia é, a seu modo, uma consequência do aborto. O aborto trouxe um enfraquecimento da família e é praticado pelas mesmas razões, ou seja, o casal não quer ter filhos para poder gozar mais a vida, divertir-se livremente, ir à praia etc. sem ter o trabalho de cuidar de crianças.

Morreu na Bélgica a primeira criança por eutanásia. A notícia não poderia ser mais estarrecedora. A informação foi prestada pelo presidente da Comissão Federal para a Eutanásia, Wim Distelmans.[i]
Em 2014, o Parlamento Socialista da Bélgica aprovou uma lei iníqua que permite que os médicos pratiquem a eutanásia – eufemismo para não dizer assassinar – em crianças com doenças ditas incuráveis e que causam muito sofrimento. A lei permite que os menores procurem a eutanásia. Mas as crianças que serão sacrificadas teriam que “possuir a capacidade de discernimento”. Que criança, nos tormentos das dores, será capaz de discernir se quererá ou não ser morta?
A eutanásia existe na Bélgica desde 2002, quando o governo socialista daquele país a aprovou para os anciãos.
O número de mortes por eutanásia na Bélgica está subindo rapidamente, com um aumento de 25% em 2012. Estudos recentes indicam que até 47% de todas as mortes assistidas não estão sendo relatadas; 32% de todas as mortes assistidas estão sendo feitas sem pedido e  enfermeiros estão a matar seus pacientes sem o conhecimento dos médicos.[ii]
Alguns especialistas belgas estão a apoiar a extensão da eutanásia para crianças com deficiência, porque eles dizem que isto já está sendo feito. Os mesmos médicos especialistas sugerem que a extensão da eutanásia vai resultar num aumento de 10 a 100 mortes por ano.
Tudo isto causa uma enorme insegurança entre as pessoas. Na Holanda, um dos primeiros países a aprovar a eutanásia, os idosos cruzam a fronteira e vão se tratar na Alemanha onde a lei da eutanásia não é tão radical. Agora, também a criança doente se sentirá gravemente ameaçada. E ela pensará se a sua existência não será um peso para a família e que seus pais, mediante conselho pernicioso de um médico, não venha a terminar com a sua vida.
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A eutanásia é, a seu modo, uma consequência do aborto. O aborto trouxe um enfraquecimento da família e é praticado pelas mesmas razões, ou seja, o casal não quer ter filhos para poder gozar mais a vida, divertir-se livremente, ir à praia etc. sem ter o trabalho de cuidar de crianças.
A criança executada pela eutanásia “alivia” a família de gastos com hospitais e do trabalho de acompanhamento familiar naquele momento crucial. Então se mata o filho ou a filha e em seguida vai divertir-se.
Como isto é diferente daquela mãe ou pai que passam noites sem dormir, rezando pela recuperação da saúde de seu filho ou filha, ao lado de seu leito de dor, consolando-a, dando forças para suportar os sofrimentos!
Os outros filhos olharão para os pais e dirão: como meus pais são maravilhosos, como eles são dedicados. A minha mãe é uma heroína, acompanhou o meu irmãozinho até o fim. Que exemplo!
É neste momento de sofrimento que a família se une melhor; há maior solidariedade entre as pessoas.
Contudo, não são assim os pais que matam os seus filhos. Eles buscam principalmente o prazer, o gozo da vida. Procuram eliminar qualquer forma de sofrimento. Eles são o fruto de umasociedade descristianizada. Para eles não importa o quinto mandamento que diz “não matarás”, assim como os demais.

Prevendo a eutanásia para crianças, em 1936…

Na coluna “7 dias em revista” do Legionário, n. 212, de 4 de outubro de 1936Plinio Corrêa de Oliveira comentava um fato então pioneiro: em Perth (Austrália) um pai matou o próprio filho por motivos de saúde. Transcrevemos a seguir o texto na íntegra:
“Pela primeira vez, desde que o mundo se governa pelos princípios da civilização de Jesus Cristo, um pai mata seu filho por motivos de saúde.
Trata-se do Sr. Sullivan, de Perth, na Austrália, que levou a passear seu filho de três anos a quem prostrou inesperadamente com um tiro. O próprio infanticida conduziu depois o pequeno cadáver à polícia, e declarou que a razão do crime que praticara era que seu menino sofria de moléstia incurável.
Não era lícito a esse pai desnaturado, matar o seu filho, qualquer que fosse o pretexto por ele invocado. Mas façamos abstração disto, e consideremos a questão sobre outro aspecto. O Sr. Sullivan é “chauffeur”, portanto pessoa relativamente desprovida de recursos. Será tão seguro que autorize o infanticídio o diagnóstico do médico de 2ª classe, a quem provavelmente o Sr. Sullivan consultou? Será realmente incurável essa moléstia? Com os progressos que a medicina vem fazendo, não é bem possível que, daqui a alguns anos, o menino pudesse ser curado?
Em nada disto refletiu o Sr. Sullivan.
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O Sr. Sullivan, em si, não interessa. Sua atitude vale apenas como sintoma de uma civilização.
A tal ponto o mundo descristianizado está perdendo o senso da caridade, que diversos escritores europeus já sustentam a inutilidade e, mais do que isto, a nocividade dos estabelecimentos de assistência à infância doente.
Se a criança doente é um ser inferior, por que razão há de o Estado sobrecarregar-se com sua educação? Não seria melhor deixar morrer esses galhos quase secos, para que a seiva afluísse mais abundante, para os galhos sãos?
Se algum dia esse pensamento conquistar o mundo, os casos como o do Sr. Sullivan serão numerosíssimos.”
Nesse dia, a Igreja certamente já terá voltado para as catacumbas. E, no Brasil, as pessoas do povo matarão seus filhos, não mais a conselho médico, mas por indicação de (satanistas)…”
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Referências:
[ii] http://www.lifenews.com/2016/09/19/first-child-dies-after-belgium-approves-measure-allowing-doctors-to-euthanize-children/ – acessado em 20 de setembro de 2016.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Psiquiatra de Harvard declara: mais de 50% dos universitários têm distúrbio mental

Psiquiatra de Harvard declara: mais de 50% dos universitários têm distúrbio mental

Entre 50 e 60 por cento dos estudantes universitários dos Estados Unidos sofrem de algum distúrbio mental. É o que declarou recentemente o professor de psiquiatria da Harvard Medical School, Dr. Gene Beresin.
Beresin é também diretor executivo do Clay Center for Young Healthy Minds no Massachusetts General Hospital .
Em entrevista para a CBS Boston, o Dr. Beresin declarou: “O que eu estou incluindo nisso é o uso de substâncias, ansiedade, depressão, problemas com relacionamentos, problemas acadêmicos, dificuldades de aprendizagem, problemas de atenção”. [i]
 “Se você somar todos eles, 50% não parece tão alto”, acrescenta o Dr. Beresin.
Dr. Beresin disse que é astronômico a taxa de suicídio na faculdade: “Um estudante universitário se mata a cada dia”, pontuou.
Segundo o professor, os cérebros dos estudantes universitários não estão totalmente maduros. Acredita-se hoje em dia que o cérebro humano não está completamente desenvolvido até que as pessoas atinjam a idade de 26 anos.
Embora as declarações do Prof. Beresin tenham causado surpresa, esse problema vem se revelando nos Estados Unidos há mais de duas décadas. Segundo a American Psychological Association (APA), “tem havido um aumento alarmante do número de estudantes que procuram ajuda por graves problemas de saúde mental nos centros de aconselhamento do campus. Na última década, esta mudança  não só tem solidificado, mas também atingiu níveis cada vez mais elevados.”[ii]
Ainda segundo a APA: “ O National Survey of Counseling Center Directors (NSCCD)  (Pesquisa Nacional dos Centros Diretores de Aconselhamento) descobriu [em 2010] que 44 por cento dos clientes  do centro de aconselhamento tinha problemas psicológicos graves, um forte aumento de 16 por cento em relação a 2000. Os mais comuns desses distúrbios são depressão, ansiedade, ideia de suicido, abuso de álcool, distúrbios alimentares e autolesão. Uma pesquisa com estudantes pelo American College of Health Association, em 2010, constatou que 45,6 por centro dos estudantes pesquisados relataram sentir-se sem esperança.”
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Os Estados Unidos são a nação mais poderosa da Terra. De suas universidades se espera os melhores profissionais do mundo; a formação de homens com raciocínios mais atilados. Entretanto, lá prosperam os transtornos mentais!
Qual a razão disso?
O mundo inteiro se desfaz com a crescente crise moral. Distancia-se cada vez mais de Deus e daquele ideal de civilização cristã, daquela época descrita por Leão XIII: “Tempo houve em que a filosofia do Evangelho governava os Estados. Nessa época, a influência da sabedoria cristã e a sua virtude divina penetravam as leis, as instituições, os costumes dos povos, todas as categorias e todas as relações da sociedade civil. Então a Religião instituída por Jesus Cristo, solidamente estabelecida no grau de dignidade que lhe é devido, em toda parte era florescente, graças ao favor dos príncipes e à proteção legítima dos magistrados. Então o Sacerdócio e o Império estavam ligados entre si por uma feliz concórdia e pela permuta amistosa de bons ofícios. Organizada assim, a sociedade civil deu frutos superiores a toda expectativa, frutos cuja memória subiste e subsistirá, consignada como está em inúmeros documentos que artifício algum dos adversários poderá corromper ou obscurecer.”[iii]
Assim, vemos que a sociedade atual está afundando em todo tipo de loucura. Os costumes e as leis são cada vez mais opostos à Lei de Deus. A ideologia de gênero, por exemplo, é um brado de revolta contra Deus; o aborto é uma matança de inocentes; muitas famílias vão se desfazendo com o divórcio, o amor livre e o nudismo; as drogas transformam as pessoas em zumbis etc. A queda vertiginosa nesse precipício de loucuras parece chegar ao fundo do poço com o satanismo e a missa negra.
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O louco não tem noção do bem e do mal. Não poderia haver pior tipo de castigo!
Parece que Deus está a castigar o mundo.  E o homem moderno, após ter abandonado o lumen fidei(a luz da fé), como consequência parece afundar na perda do lumen rationis (a luz da razão).
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Referências:
[ii] http://www.apa.org/monitor/2011/09/crisis-campus.aspx – acessado em 05 de setembro de 2016
[iii] Leão XIII, Encíclica “Immortale Dei”, de 1º de novembro de 1885 – “Editora Vozes Ltda.”, Petrópolis, pág. 15.