domingo, 27 de maio de 2018

O casamento do príncipe Harry e a vulgaridade moderna


O casamento do príncipe Harry e a vulgaridade moderna




Aconteceu no dia 19 do corrente mês de maio o casamento do príncipe Harry com a atriz americana Meghan Markle. O príncipe é o sexto na linha sucessória ao trono inglês.
Embora os casamentos dos príncipes ingleses chamem a atenção não só dos britânicos, mas do mundo inteiro, o casamento de Harry ficou longe de ter despertado o mesmo interesse que teve o de seus pais, a princesa Diana e o príncipe Charles. Na ocasião, diziam que aquele foi o “casamento do século”. O mundo inteiro acompanhou pela televisão o pomposo evento.
As cerimônias do casamento de Harry, segundo a imprensa, estavam cheias de quebras de protocolos. Isto é um fato muito grave, especialmente tratando-se da corte inglesa, que tem especial apreço pela tradição, pelo cerimonial e pelos protocolos. Contou-se, na época do casamento da princesa Diana, que pouco antes passou certo tempo no Palácio de Buckingham para aprender as normas de etiquetas da monarquia inglesa.
A maior quebra de protocolo, entretanto, foi o próprio casamento de um príncipe sucessor ao trono inglês com uma plebeia divorciada. Isto demonstra a decadência da monarquia mais tradicional da Europa e do mundo.
Em entrevista para o site BBC, Dom Bertrand de Orléans e Bragança (foto ao lado), Príncipe Imperial do Brasil e segundo na linha de sucessão ao trono brasileiro, explica por que o casamento do príncipe Harry com a atriz Meghan não despertou o mesmo interesse que os casamentos anteriores:
“Se o príncipe Harry estivesse se casando com uma princesa ou uma mulher de família nobre, e não com uma divorciada, a satisfação dos britânicos seria muito maior e no mundo inteiro a repercussão também seria muito maior”. E acrescentou: “Todo casamento com príncipe, sobretudo no Reino Unido, tem repercussão. Sou católico e como católico não posso ver com bons olhos o casamento de uma divorciada. Isso é contra os princípios católicos. Nunca poderia aprovar este casamento, sob pena de não ser coerente com a minha fé.”[1]
Chamou também a atenção a diferença dos vestidos e dos buquês portados pela princesa Diana Spencer em 29 de julho de 1981, por Kate Middleton em seu casamento com o príncipe William em 2011, e agora por Meghan, cujo estilo estava mais voltado para o miserabilismo de nosso século. Parecia uma noiva qualquer, e não uma eventual futura rainha do trono inglês. O estilo hollywoodiano e igualitário se sobressaía ao da nobreza e distinção da família na qual acabava de entrar.
O estilo igualitário aparece ainda na hora de ela pronunciar os tradicionais votos de casamento“love, cherish and obey” (amar, cuidar e obedecer). Meghan não pronunciou a palavra “obedecer”, mas apenas “love and cherish”. Com sua mentalidade feminista, ela se recusa a obedecer ao marido.
Segundo o site G1, Meghan “defende a igualdade de direitos entre homens e mulheres e é representante da ONU Mulheres, braço da Organização das Nações Unidas para a promoção da igualdade de gênero.”[2]
Meghan não pode sequer ser comparada a uma aristocrata decadente do século XX, assim descrita numa foto (ao lado) pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira: “A aristocracia do século XX está camufladaSeu traje [da aristocrata] é, em tudo e por tudo, o de uma trabalhadora manual. A posição é elegante, e exprime como que involuntariamente uma distinção que já não ousa afirmar-se plenamente à luz do dia; uma distinção que, por assim dizer, pede ao transeunte vulgar desculpas de existir: desculpas tão humildes que, para não chocar demais a distinção, se vela nos trajes de uma camponesa. Não é bem este, aliás, o sentido da crescente proletarização das maneiras, do ambiente de vida e dos trajes das elites ‘grã-finas’ em todo o ocidente?”[3]
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quinta-feira, 24 de maio de 2018

O senso do ser e a ideologia de gênero


O senso do ser e a ideologia de gênero


Por
 Jurandir Dias


O homem é o único ser criado por Deus com inteligência, vontade e sensibilidade. Ele não nasce um filósofo, mas tem as premissas naturais – uma matriz – de todo o conhecimento futuro. Essa matriz se chama senso do ser.
senso do ser é, portanto, uma matriz interior com a qual nós nascemos. Essa matriz é um conjunto de pontos obscuros, velados, não claros, que nos leva a identificar no mundo exterior as imagens de Deus.
Segundo o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, “o elemento primeiro do senso do ser, é o senso de que eu sou, mas que de fato há algo anterior. A matéria-prima para a noção de ser é inata. Ela se desperta no contato com a realidade. É um conhecimento germinativo primeiro, é o conhecimento que o ser tem de que ele é. E algo, que não é ele, é também. Tem a capacidade de refletir: ele se conhece e conhece a coisa, e refletindo desenvolve o primeiro conhecimento”.[1]
É interessante observar o comportamento de crianças – meninos e meninas – quando colocadas dentro de uma seção de brinquedos em uma loja ou supermercado. As meninas escolhem brinquedos femininos como uma boneca, por exemplo. Os meninos, por sua vez, escolhem bolas ou outros brinquedos apropriados a seu sexo. É o senso do ser inato (com o qual já nascem), que os faz escolher aquilo que é adequado ao próprio sexo. A ideologia de gênero quer quebrar o senso do ser na criança.
Na primeira tentativa fracassada de provar a ideologia de gênero, o Dr. John William Money (1921-2006) disse para a mãe de David Reimer que ela deveria educá-lo e vesti-lo como uma menina. Contudo, aquela criança, quando a mãe ia vesti-la com roupa de menina, se recusava, causando dificuldades à mãe. Esta comentava: “Parece que ele sabe que é um menino”.[2] Sim, a criança, através do senso do ser, sabe o que é adequado para si de acordo com o seu sexo. A ideia que a ideologia de gênero quer transmitir de que sexo é uma “construção social” se desfaz por si.
A respeito da perda do senso do ser, Roberto De Mattei comenta no livro Plinio Corrêa de Oliveira – Profeta do Reino de Maria: “O eclipse existencial do lumen rationis no plano lógico corresponde à perda da primazia do ser, a qual se perde por um pecado do espírito, que Dr. Plinio definiu como ‘pecado criteriológico’. “Não se perde a noção de ser por uma negação metafísica frontal,  mas por uma recusa do espírito que leva a afrouxar e a negar a importância do princípio de contradição e do princípio de identidade.”
O ser é aquilo que há de mais íntimo, mas também de mais nobre em tudo. É o ser que confere realidade àquilo que existe. Aquilo que eu chamo ser – disse São Tomás – é a mais perfeita de todas as coisas.”
De Mattei cita ainda outro trecho de uma reunião de Dr. Plínio em agosto de 1965: “A noção do ser se compõe ao mesmo tempo de dois elementos: um elemento estático, aquilo que é; e outro elemento dinâmico, que é o elemento interno do ser. E por causa disso a palavra ser é um substantivo que é um verbo: o substantivo indica o que é, e o verbo indica o que age, que se movimenta. A própria palavra ‘ser’ não poderia deixar de ser um verbo substantivado e um substantivo verbal. Estes dois elementos constituem o ser.” [3]
Há muito tempo vem ocorrendo um desajuste entre a inteligência e a vontade. E isto causa uma frustração fundamental e desequilíbrio na alma das pessoas que dizem ter a cabeça em um corpo errado. E a ideologia de gênero apresenta para estes infelizes uma falsa solução: a cirurgia de mudança de sexo. O resultado é um desastre que tem levado muitas pessoas ao suicídio.
ideologia de gênero não é apenas contra o senso do ser; ela é a negação do ser. Ela é propriamente uma doutrina diabólica contra a natureza humana e contra o Criador.
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[1] MNF, 04 de maio de 1988
[3] Roberto de Mattei – Plinio Corrêa de Oliveira – Profeta do Reino de Maria, pág. 54 a 57.


quinta-feira, 17 de maio de 2018

Médicos brasileiros desmascaram a Ideologia de Gênero

Médicos brasileiros desmascaram a Ideologia de Gênero

Por Tibério Meira, Revista "Catolicismo"



No dia 5 de abril, o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira promoveu no salão do Clube Homs, localizado na Avenida Paulista, um evento sobre a Ideologia de Gênero. Os conferencistas foram os médicos José Lima de Oliveira, cardiologista e cirurgião do INCOR de São Paulo, e José Alves Caliani, cardiologista e nutrólogo, com vasto currículo de formação em Universidades da França.

Dr. Adolpho Lindenberg (foto ao lado), presidente do Instituto, abriu a sessão apresentando os conferencistas. Contou ele que na Europa assistiu a um evento com grande número de crianças, do qual constou uma apresentação com vários artistas. Um deles se apresentou com roupa extravagante, de tal forma que visto do lado esquerdo parecia homem, e do lado direito parecia mulher. Quando falava para o lado esquerdo, tinha voz masculina; e voz feminina quando se voltava para a direita. A noção que fica por trás disso é que tanto faz ser homem ou mulher, qualquer um pode escolher seu sexo. Assim é a Ideologia de Gênero, cheia de incongruências e aberrações de toda espécie.

O Dr. Caliani (foto ao lado), primeiro orador, salientou que a Revolução se metamorfoseia, conforme aprendeu ao ler as obras do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, especialmente o livro Revolução e Contra-Revolução. Lembrou um artigo do Prof. Plinio, escrito nos anos 90, no qual comentava um cacique sentado à mesa do presidente do Senado, vestido de modo tribal, com arco e flecha na mão, e comentou: “Se quisermos ver a fisionomia do neocomunismo, aí está ela”. Hoje vemos movimentos indígenas invadindo e depredando propriedades particulares em todo o Brasil, com o apoio da esquerda católica. A Ideologia de Gênero é também uma dessas metamorfoses, e o importante é vermos este assunto dentro do panorama da Revolução, para descortinarmos a Ideologia de Gênero como mais uma manifestação do comunismo.

Salientou que há muito tempo os agentes da Revolução propõem a criação de um homem novo, adaptado para viver numa República Universal. Exemplificou com vários livros, que ao longo dos séculos vêm sucessivamente propondo e aprofundando a destruição das tradições, das fronteiras, dos regionalismos naturais, e principalmente da instituição familiar. O objetivo último é estabelecer o mundo igualitário idealizado pelo comunismo, e a Ideologia de Gênero é mais um passo para se atingir esse objetivo.

O Dr. José Lima de Oliveira (foto ao lado), segundo orador, demonstrou com farta documentação que a Ideologia de Gênero não tem embasamento científico. Como médico, há mais de dez anos tem se impressionado com “a quantidade de evidências científicas que demonstram claramente o grau de malefício que essa proposta política, essa ideologia, impõe a toda sociedade, mas principalmente às crianças”.

Uma estudiosa da Ideologia de Gênero, a socióloga alemã Gabriele Kuby, afirma que essa ideologia é a expressão mais radical da rebelião contra Deus. Segundo ela, o ser humano não aceita o fato de ter sido criado homem e mulher, e por isso diz: “Eu decido! Essa é a minha liberdade!”. E acrescenta que a Ideologia de Gênero seria a perversão final do ser humano.

A revista The Lancet, a mais importante publicação médica do mundo, informou em janeiro de 2017 que o índice de pessoas com “disforia de gênero” é de 0,4% a 1,6% da população. Esse índice não justifica o alarde da mídia a respeito desse problema. Estudos demonstram que 88% dos meninos e 98% das meninas que se sentem confusos em relação ao próprio sexo, após a puberdade aceitam o sexo biológico e terão saúde física e mental perfeitas. Portanto, não faz sentido propor tratamentos hormonais e mutilações que lhes trarão problemas para o resto da vida. “É como propor um transplante de pulmão para uma pessoa com uma gripe, que passaria em uma semana” — comentou o Dr. Lima.

Um dado importante apresentado pela empresa Hayes, e confirmado pela Sociedade Americana de Psiquiatria, é que a terapia hormonal, antes e depois da puberdade, expõe o paciente a graves riscos de doença. Enquanto a expectativa de vida média dos norte-americanos é de mais de 80 anos, na população que se submeteu ao tratamento hormonal cai para apenas 47 anos.

No Reino Unido, houve nos últimos cinco anos um aumento de 1.000% em tratamento de crianças com “disforia de gênero”. “Esse tratamento foi baseado em quê?” — pergunta o conferencista. E conclui: “Na verdade, é um abuso infantil condicionar crianças a acreditar durante uma vida inteira que a personificação química do sexo oposto é normal e saudável ”.

O Facebook e o seu “debate livre” sobre o aborto


O Facebook e o seu “debate livre” sobre o aborto


Por Jurandir Dias


Liberdade de imprensa e democracia são termos correlatos dentro do meio jornalístico. Por liberdade de imprensa se entende liberdade de expressão. Esta última, por sua vez, constitui um dogma para a imprensa. Tal “dogma”, entretanto, é muitas vezes violado por aqueles mesmos que o defendem com unhas e dentes. O Facebook é um exemplo disso.
A imprensa, dentro de um regime democrático, se considera o Quarto Poder. Essa ideia nasceu a partir de meados do século XIX. Ela pretende ser o órgão responsável por fiscalizar eventuais abusos dos três poderes da República (Legislativo, Executivo e Judiciário). Contudo, vemos hoje que esse “poder” não se restringe somente a isto, mas também a coibir a divulgação daquilo que vai contra os seus princípios, os quais são muitas vezes favoráveis ao aborto, ao homossexualismo, ao amor livre etc. Princípios que se chocam com os de seus leitores, que na sua maioria são conservadores. É o que podemos observar a seguir:
Está previsto um referendo sobre o aborto na Irlanda no próximo dia 25. Ora, no dia 8 o Facebook antecipou que vai bloquear todas as publicações estrangeiras a respeito desse referendo:
 “Como parte dos nossos esforços para ajudar a proteger a integridade das eleições e o referendo de influências indevidasvamos começar a rejeitar publicidades relacionadas ao referendo de anunciantes de fora da Irlanda.”[i]
Facebook parece não perceber a contradição entre o que diz e o que faz: “Nosso objetivo é simples: favorecer um debate livre, equitativo e transparente.” (O grifo é nosso).
Como pode haver “debate livre” onde as pessoas são impedidas de se manifestar?
Com essa medida, o Facebook alega “proteger a integridade das eleições e o referendo de influências indevidas. De fato, ele teme uma campanha de esclarecimentos promovida por movimentos conservadores Pró-Vida, cujo resultado poderá ser contrário à matança dos inocentes.
Agindo assim, o Facebook deixará também as pessoas impossibilitadas de se manifestar pelas redes sociais, ficando todo o noticiário (tendencioso) por conta da mídia abortista.
No “debate livre” concebido pelo Facebook e por grande parte da mídia, somente os ingênuos acreditam. Assim, diz com propriedade Reynaldo Carilo Carvalho Netto: “O quarto poder não representa mais – não em sua totalidade – o conceito de fiscalizar os poderes e nortear os cidadãos. Por ele agora passam filtros que são geridos por interesses particulares, amputando informações, direcionando olhares, minando o funcionamento intelectual, em uma verdadeira democracia de faz de conta.”[ii]
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segunda-feira, 14 de maio de 2018

A lição de uma tragédia


A lição de uma tragédia






Há um ditado francês que diz: “A quelque chose malheur est bon” (para alguma coisa o mal é bom). Por isso, comecei a pensar na lição que poderíamos tirar da recente tragédia no centro de São Paulo, apesar do mal que isto causou a centenas de pessoas, inclusive diversas mortes.
É muito lamentável o fato e o nosso dever como jornalistas católicos não consiste em produzir lamentações estéreis e sensacionalistas de um fato consumado. Devemos, antes de tudo, prestar às famílias enlutadas e aos infelizes mortos o tributo de amor cristão e orar por suas almas. E aos sobreviventes que ficaram sem seus pertences, a nossa solidariedade.
Tal tragédia, entretanto, levantou o tenebroso véu de uma crise social e moral em que vive o País. Por que crise moral? Mas isto não é apenas um problema social? – Não. Podemos observar que os movimentos ditos sociais não estão interessados em resolver o problema de moradia de uma parcela da população realmente necessitada. Eles querem principalmente tirar proveito da miséria humana com vistas ao Poder, como eles mesmos confessam. Aqui está o lado moral dessa história.
Assim, explica o próprio MTST em sua página na internet: Por que fazemos ocupações? Alguns companheiros respondem: ‘Para conseguir moradia!’.
“Mas é só isso que queremos? Ficaremos satisfeitos se, daqui há (sic) 10 ou 20 anos, olharmos para traz e vermos apenas um monte de conjuntos habitacionais? De nada adianta conseguirmos moradias e a vida continuar do mesmo jeito, com o capitalismo impondo suas leis. Por isso, a ocupação tem para nós um sentido muito maior do que a luta por moradia: é uma forma de formarmos (sic) novos militantes para a luta, de construir referência nos bairros de periferia e de mostrar para os trabalhadores que – com união e organização – temos poder de enfrentar este sistema. Nossas ocupações devem ter sempre este horizonte!”. Os fins justificam os meios, conforme a sua fórmula maquiavélica e socialista.[1]
Essas ocupações servem também como uma fonte de renda para outras invasões de propriedades particulares ou até mesmo o financiamento de campanhas políticas de seus líderes. É evidente que os movimentos de esquerda visam tomar o Brasil e transformá-lo numa Venezuela, apesar deste espectro ter sido afastado temporariamente pela prisão de seu principal líder. Contudo, eles não desistem. Mas para isto precisam de dinheiro, especialmente quando as suas fontes se esgotaram com a prisão de seus principais financiadores: os donos das empreiteiras.
Segundo o noticiário, os moradores tinham que pagar entre 250 a 500 reais de “aluguel”, para terem um espaço nessas ocupações. Os movimentos sociais invadem prédios para “ajudar” os chamados sem-teto, e depois cobram deles aluguel pelo espaço sem mesmo serem proprietários… É a lógica socialista. Esta prática já tinha sido observada por ocasião da desocupação do prédio do Cine Marrocos, no centro de São Paulo, em 15 de outubro de 2016.  O SBT apontou que naquele prédio também foi localizado um grupo de traficantes fortemente armados. A emissora exibiu imagens das armas de grosso calibre e de um desses bandidos.[2]
Boulos, candidato a Presidente da República pelo PSOL e a sua vice.
O MTST “é um movimento de caráter social, político e popular organizado em 1997 pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para atuar nas grandes cidades com o objetivo de lutar pela reforma urbana (…)”. Guilherme Boulos é o seu principal líder.
“Atualmente o MTST compõe Frente Povo Sem Medo, junto com movimentos e organizações como as Brigadas Populares (BPs), o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), o RUA Juventude Anticapitalista, a Esquerda Marxista, o Polo Comunista Luiz Carlos Prestes e entidades ligadas ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), além de outras inúmeras outras entidades”.[3]
A respeito do desabamento, Boulos declarou cinicamente: “É uma tragédia o que aconteceu e é lamentável que tenha gente nas redes sociais querendo fazer uso político em cima de um incêndio, de um desabamento, de um ferimento e provavelmente de morte de pessoas”.  Ele negou que o MTST fosse responsável por aquela invasão, mas o Movimento da Luta Social por Moradia (MLSM) – a mesma diferença entre seis e meia dúzia – e afirmou que  “se há que se responsabilizar alguém é o poder público, que não ofereceu política habitacional para aquele povo, que não assegurou, mesmo sabendo da ocupação e provavelmente dos riscos, condições melhores para as pessoas”. [4]
O Secretário da Habitação, João Whitaker, afirmou que as ocupações no centro de São Paulo se intensificaram nos últimos anos. Embora não haja dados oficiais, ele estima em torno de 40 ou 50 prédios invadidos, dez dos quais são públicos. O Secretário reconhece que esse aumento de invasões se deve às gestões esquerdistas. “Como um estudioso do assunto, eu percebo que isso aumenta quando há governos mais abertos ao diálogo com os movimentos. E essa é uma característica dessa gestão e de gestões mais à esquerda, em geral”, diz Whitaker.[5]
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O principal objetivo do comunismo, além da Reforma Agrária, é a Reforma Urbana e a Reforma Empresarial. Essas reformas são igualmente instrumentos para a luta de classes recomendadas por Marx a fim de se “instaurar” a “ditadura do proletariado”. Depois do confisco das propriedades rurais viria o confisco das propriedades urbanas e empresariais. No Brasil, a Reforma Agrária tem sido um fracasso, pois onde ela foi aplicada há apenas “favelas rurais”. Desde a época de João Goulart até os nossos dias, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira e seus discípulos têm denunciado a participação da esquerda católica e dos movimentos sociais, como o MST, nas invasões de propriedades no campo. Hoje, esse movimento se dividiu em outros pequenos movimentos “especializados” nas invasões de prédios urbanos. É a Reforma Urbana, simétrica à Reforma Agrária, nos moldes dos planos marxistas, que eles querem implantar. O comunismo, entretanto, tem encontrado fortes resistências dos proprietários, graças às contínuas campanhas de divulgação de obras esclarecedoras sobre este tema feitas pelo Instituto Plínio Corrêa de Oliveira – IPCO.
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sexta-feira, 4 de maio de 2018

Estatuto da Diversidade Sexual e de Gênero: uma aberração legal


Estatuto da Diversidade Sexual e de Gênero: uma aberração legal


Por Jurandir Dias

Foto de Geraldo Magela/Agência Senado. Entrega do “Estatuto da Diversidade Sexual e de Gênero”

Tramita no Senado o PLS 134/2018, elaborado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa e pela Comissão Especial de Diversidade de Gênero e Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que recebeu parecer favorável da relatora, senadora Marta Suplicy (PMDB-SP).  Ele institui o Estatuto da Diversidade Sexual e de Gênero. O objetivo desse Estatuto com mais de cem artigos é impor de forma draconiana a ideologia de gênero em todos os segmentos da sociedade. Ele cria também uma casta de pessoas com direitos e privilégios acima de qualquer cidadão, e contraria a Constituição em seu artigo 5º, que diz: “todos são iguais perante a lei.”

O artigo 3º do Estatuto diz que o Estado e a Sociedade têm o dever de “garantir a todos o exercício da cidadania, a igualdade de oportunidades e o direito à participação na comunidade, econômicas, empresariais, educacionais, culturais e esportivas.
“Para isso, fica vedado fazer qualquer diferenciação entre as pessoas por conta de sua orientação sexual ou identidade de gênero, e fica livre a constituição de vínculos parentais, entre outras coisas como ‘o direito fundamental à felicidade’, vedada qualquer prática que impeça a pessoa de reger sua vida conforme a orientação sexual ou identidade de gênero autoatribuída, real ou presumida”.
Outro ponto do texto altera a redação de leis, como a da constituição do casamento, ao autorizar a união entre pessoas do mesmo sexo e retirar da lei brasileira as menções a “homem e mulher”, trocados por “nubentes”. O Estatuto impede também que a adoção de crianças seja negada por conta da orientação sexual ou identidade de gênero dos candidatos. O art. 12 diz: Todas as pessoas têm direito à constituição da família e são livres para escolher o modelo de entidade familiar que lhes aprouver, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero”.
Ainda no art. 54, o Estatuto garante ao casal homossexual os mesmos direitos previdenciários de um casal normal: “O cônjuge ou o companheiro homoafetivo sobrevivente tem direito à percepção de todos e quaisquer direitos previdenciários, familiares ou sucessórios, na condição de beneficiário junto ao Instituto Nacional de Seguro Social – INSS”.
Com esse Estatuto fica estabelecida uma verdadeira perseguição aos colégios públicos ou particulares, bem como aos professores que se opuserem à ideologia de gênero. Art. 56: Os estabelecimentos públicos e privados de ensino têm o dever de promover a liberdade, a tolerância, a igualdade, a diversidade e o respeito entre as pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.” Em seguida, no art. 58 diz: Os profissionais da educação têm o dever de abordar os temas relativos à sexualidade, adotando materiais didáticos que não reforcem a discriminação com base na orientação sexual ou identidade de gênero.”
Em seguida, no art. 59, vem a ameaça: “Gera responsabilidade civil e penal a omissão dos dirigentes e dos professores que não coibirem, no ambiente escolar, condutas que visem intimidar, ameaçar, ofender, castigar, submeter, ridicularizar, difamar, injuriar, caluniar ou expor aluno a constrangimento físico ou moral, em decorrência de sua orientação sexual ou identidade de gênero.”
Com o intuito de acabar com as datas comemorativas que lembram a família tradicional, como o “Dia das mães” e o “Dia dos pais”, o Estatuto também estabelece no art. 60: “Ao programarem atividades escolares referentes a datas comemorativas, dirigentes e educadores devem atentar à multiplicidade de formações familiares, de modo a evitar qualquer constrangimento dos alunos filhos de famílias homoafetivas.”
Serão também criadas cotas nas empresas públicas e privadas para os homossexuais e transgêneros:
“Art. 70. A administração pública assegurará igualdade de oportunidades no mercado de trabalho a transgêneros e intersexuais, mediante cotas, atentando ao princípio da proporcionalidade.
“Parágrafo únicoSerão criados mecanismos de incentivo à adoção de medidas similares nas empresas e organizações privadas.”
Casal americano condenado por se recusar a fazer um bolo
 para a “união” homossexual de lésbicas
A exemplo do que já ocorreu nos Estados Unidos, onde uma família dona de uma confeitaria foi punida por se recusar a fazer um bolo de casamento para a “união” homossexual de um “casal” de lésbicas, também no Brasil qualquer pessoa ou empresa que por motivo de consciência se recusar qualquer serviço a homossexuais, sofrerá punições previstas nesse Estatuto. Assim estabelece o art. 94: “Configura prática discriminatória negar o fornecimento de bens ou prestação de serviços ao consumidor em decorrência de sua orientação sexual ou identidade de gênero.”[i]
Este breve resumo desse projeto de lei basta para mostrar a gravidade da ameaça que ele representa para a família e os bons costumes. E as penas para quem incorrer em descumprimento dos artigos do projeto poderão variar de 1 a 5 anos de reclusão.A exemplo do que já ocorreu nos Estados Unidos, onde uma família dona de uma confeitaria foi punida por se recusar a fazer um bolo de casamento para a “união” homossexual de um “casal” de lésbicas, também no Brasil qualquer pessoa ou empresa que por motivo de consciência se recusar qualquer serviço a homossexuais, sofrerá punições previstas nesse Estatuto. Assim estabelece o art. 94: “Configura prática discriminatória negar o fornecimento de bens ou prestação de serviços ao consumidor em decorrência de sua orientação sexual ou identidade de gênero.”[i]
Fica claro, mais uma vez, que a ideologia de gênero quer impor-se ditatorialmente, como já dissemos em diversos artigos neste blog. Para isto, o lobby homossexual tem-se utilizado de ações judiciais contra os seus opositores, mesmo sem base na legislação do País. Apoiar-se neste Estatuto proposto pela Sra. Marta Suplicy – defensora dos “direitos humanos”, mas não dos humanos direitos – significa apoiar-se num documento que é uma verdadeira aberração legal.
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