sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Saiba o que é o “Sínodo da Sinodalidade” e os temas que pretendem tratar

 



As perguntas e respostas a seguir foram tiradas do livro “O caminho sinodal, uma caixa de Pandora. 100 perguntas e 100 respostas.”  Escrito por Julio Loredo e José Antonio Ureta, com prefácio do Cardeal Raymond Leo Burke. Os que desejarem podem fazer download ou pedir o livro físico através do link: https://caminhosinodal.ipco.org.br/


https://caminhosinodal.ipco.org.br/

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1. O que é o Sínodo dos Bispos?

            O Sínodo dos Bispos é um órgão permanente da Igreja Católica, externo à Cúria Romana, que representa o episcopado. Foi criado pelo Papa Paulo VI em 15 de setembro de 1965, com o Motu Proprio Apostolica sollicitudo.

            O Sínodo é convocado pelo Papa, que define sua agenda, e pode se reunir de três formas: Assembleia Geral Ordinária para assuntos relativos ao bem da Igreja universal; Assembleia Geral Extraordinária para assuntos urgentes; e Assembleia Especial para assuntos relativos a uma ou mais regiões. Tem ele um caráter puramente consultivo, mas pode exercer função deliberativa quando o Papa o conceder.

            Até o momento, foram realizadas quinze Assembleias Gerais Ordinárias do Sínodo dos Bispos. A 16ª se dará em 2023.

 

6. Quais são os temas e o programa do próximo Sínodo?

Em reunião de 24 de abril de 2021 com o Cardeal Mario Grech, Secretário Geral do Sínodo, o Papa Francisco aprovou o tema e o programa da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.

            Teve início assim a fase de consulta nacional e local com o Povo de Deus, concluída no final de 2022. Começou em seguida a fase continental, que culminou em fevereiro e março de 2023 com as Assembleias Continentais, que apresentaram ao Vaticano suas conclusões conhecidas como Sínteses. Passa-se então à fase universal, para a qual foram convocadas duas Assembleias Gerais em Roma: a primeira em outubro de 2023, e a segunda em outubro de 2024. Um retiro espiritual para todos os participantes precederá a assembléia de 2023.

            Eis o tema escolhido: “Por uma Igreja Sinodal: Comunhão, participação e missão”. De acordo com o Papa, trata-se de “caminhar juntos – leigos, pastores, Bispo de Roma”.[1] A maior dificuldade a ser superada é este clericalismo que separa do povo o sacerdote, o Bispo”, porque “há muitas resistências em superar a imagem de uma Igreja rigidamente dividida entre líderes e subordinados, entre os que ensinam e os que têm de aprender, esquecendo que Deus gosta de inverter posições: ‘Derrubou os poderosos dos seus tronos, elevou os humildes’ (Lc 1,52) . [...] Caminhar juntos evidencia, como linha, mais a horizontalidade do que a verticalidade”.[2]

            Portanto, o próximo Sínodo não discutirá um tema pastoral específico, como é comum nessas assembleias, mas a própria estrutura da Igreja, motivo pelo qual ele também é conhecido como o “Sínodo sobre a sinodalidade”.

 

 

https://caminhosinodal.ipco.org.br/



[1] Discurso do Santo Padre Francisco na Comemoração do Cinquentenário da Instituição do Sínodo dos Bispos, 17 de outubro de 2015. https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2015/october/documents/papa-francesco_20151017_50-anniversario-sinodo.html

[2] Discurso do Papa Francisco aos fiéis da diocese de Roma, 18 de setembro de 2021, https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2021/september/documents/20210918-fedeli-diocesiroma.html  

terça-feira, 7 de setembro de 2021

“Por uma misteriosa afinidade as formas, os sons, as cores, os perfumes podem exprimir estados de espírito do homem”

 

Por
 Jurandir Dias
 



O tipo de xícara pode alterar a percepção de sabor do café? Se existem taças específicas para diferentes tipos de vinho e para certas modalidades de cerveja, a xicara de café pode não ser tão diferente. Foi pensando nisso que a Neurocientista Fabiana Carvalho, da Universidade de São Paulo, decidiu estudar como a cor, o peso, o formato e a textura da xícara afetam a percepção de sabores do café. Contribuíram com esse estudo o pesquisador e sommelier Charles Spencer e o conhecido especialista em café, Tim Wendelboe.

A cientista brasileira diz que sabor é uma construção do cérebro. Não existe um órgão do sabor, como os olhos são órgãos do sentido da visão. O sabor nasce da integração dos sentidos.

“O sabor capta a percepção dos sentidos da boca que seriam o paladar, o olfato retro nasal, o tato oral que percebe a temperatura, a textura, corpo, etc. A visão e o tato interferem na percepção de gosto, mas não fica só nisso. O sabor vai além”, afirma a cientista.

A Neurocientista promete um estudo posterior em que demonstrará como a música, a temperatura, a cor da parede, podem afetar a percepção do sabor. “A audição também interfere na percepção de gosto. Na verdade, a experiência do sabor envolve o cérebro inteiro”, afirmou.

A pesquisadora observa ainda que o café é uma bebida tão ou mais complexa do que o vinho. Enquanto o vinho tem por volta de 800 compostos voláteis, o café tem por volta de 1200. É uma bebida que exige uma preocupação com o recipiente onde ele é servido.[i]

Como foi feito o estudo

Dra. Fabiana Carvalho

Dra. Fabiana Carvalho dividiu os participantes em três grupos (designer de experimento que chama “entre sujeitos”) que analisaram a percepção de aroma, de acidez, doçura e o quanto a pessoa gostou do café (medida hedônica). As pessoas tinham uma escala de intensidade que ia 0 a 1

O recipiente onde a bebida é servida                               modula a percepção da pessoa

Cada pessoa do grupo tomava o café no mesmo tipo de xícara, sem saber da existência de outras xícaras. As xícaras eram todas do mesmo material, brancas, de formatos diferentes. Os formatos das xícaras afetaram todas as percepções, até de degustadores profissionais. A pesquisadora esperava que a percepção das pessoas fosse diversa em cada recipiente, mas o estudo apontou resultados que transcenderam todas as expectativas. Um deles foi como o formato de uma das xícaras dava uma impressão maior de doçura. Mas em outra xícara mais fechada na base do que na parte superior esteve mais relacionada a cafés mais aromáticos e ácidos. Por fim, uma xícara mais tradicional, em forma de U, foi reconhecida por ressaltar o aroma.

Experiência com as cores branca e rosa



A xícara rosa aumentou a percepção de doçura e diminuiu a percepção de acidez. “Só de ver a xícara rosa, a pessoa já espera um café mais doce”, comentou

A pesquisadora informou, por sua vez, que há vários estudos sobre a associação entre cor e gosto. E esta associação é automática.

O estudo sobre as cores conclui que “tomados em conjunto, esses resultados demonstram pela primeira vez que a cor da xícara afeta significativamente os julgamentos sensoriais e hedônicos do café especial.”[ii]

O estudo da Neurocientista Fabiana Carvalho, de seus colegas cientistas e outros estudos que publicamos neste site corroboram as teses do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em Revolução e Contra-Revolução”: “Deus estabeleceu misteriosas e admiráveis relações entre certas formas, cores, sons, perfumes e sabores e certos estados de alma, é claro que por estes meios se pode influenciar a fundo as mentalidades e induzir pessoas, famílias e povos à formação de um estado de espírito profundamente revolucionário” .

Numa conferência proferida em São Paulo, durante um Congresso da Ordem Terceira do Carmo, e publicada em 15 de novembro de 1958 na revista “Mensageiro do Carmelo”, o Prof. Plinio afirmou em palavras mais ou menos semelhantes:

“Por uma misteriosa afinidade as formas, os sons, as cores, os perfumes podem exprimir estados de espírito do homem. É necessário, pois, que reflitam estados de espírito virtuosos para a formação dos ambientes em que o homem encontre os recursos necessários para a sua santificação, imagens de Deus que lhe dêem o atrativo da virtude e o estimulem por essa forma a conhecer a ter apetência daquela beleza incriada de Deus que ele só verá face a face na glória dos céus.”[iii]


[i] http://portalcoffea.com/episodes/ep-10-neurociencia-do-cafe-por-fabiana-carvalho/

[ii] http://www.hacer.org/pdf/Correa001.pdf

[iii] https://www.pliniocorreadeoliveira.info/DIS_1958-11-15_Congresso_Ordem_3a_do_Carmo.htm

domingo, 21 de março de 2021

Retorno à Ordem, a verdadeira solução para a crise pós-pandemia

 

 


A derrocada da economia provocada pelos lockdowns, feitos sob o pretexto de combater a expansão da pandemia do vírus chinês, está levando o mundo a uma revolução econômica, social e moral inspirada em princípios marxistas e leninistas. É o “novo normal” – ou novo anormal – de que tanto fala a mídia.

Centro do Rio de Janeiro atual

Um proprietário de imobiliária revelou que o Rio passa por uma crise sem precedentes. Segundo a Associação Brasileira de Administradores de Imóveis (ABADI), “desde março de 2020, no início da pandemia, até o final do ano passado, 45% das lojas, escritórios e salas comerciais estão vazios.”[i]

O Rio, entretanto, é apenas um exemplo dessa crise. Em várias cidades brasileiras, onde não há quarentenas ou confinamentos, inúmeras lojas não voltaram a funcionar porque fecharam as portas definitivamente. O aspecto é de cidades-fantasmas.

Na cidade de Araraquara, SP, o prefeito decretou recentemente um lockdown sem precedentes. Lá, somente hospitais e farmácias podem permanecer abertos. Nem mesmo George Orwell foi capaz de imaginar tal controle da sociedade: “É permitido sair de casa apenas para aquisição de medicamentos, obtenção de atendimento ou socorro médico para pessoas ou animais, atendimento de urgências ou necessidades inadiáveis ou prestação de serviços permitidos pelo decreto.

Cidade de Araraquara, SP, durante lockdown

“Além do documento de identificação, as pessoas deverão apresentar um comprovante que justifique a saída do isolamento, como nota fiscal da compra ou prescrição médica do medicamento adquirido ou a ser adquirido. Quem não estiver com comprovante em mãos tem prazo de 10 dias para apresentar, caso contrário será multado.”[ii]

Não há comprovação científica sobre benefícios dos lockdowns para a prevenção da propagação do vírus chinês. Pelo contrário, já podemos ver e sentir o seu efeito maléfico. Eles serviram apenas para agravar uma crise econômica, social e moral que vem desde o fim da Idade Média, conforme descrita pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira no livro Revolução e Contra-Revolução.

A verdadeira solução para tais problemas, entretanto, não está na imposição ditatorial de um sistema social ou econômico, mas no retorno à ordem. É o que propõe o Sr. John Horvat, vice-presidente da TFP norte-americana, em seu best-seller Return to Order.

Capa do Livro Retorno à Ordem

Em entrevista para o IPCO, o Sr. John Horvat declarou: “É preciso evitar alternativas falsas. O que sustento no livro é a posição da Igreja Católica. Como a sociedade deve ser organizada. Como os princípios, as leis e a sociedade orgânica devem ser de acordo com a graça e não de maneira forçada.”[iii]

O livro Retorno à Ordem demonstra que a intemperança frenética é a causa do desequilíbrio da economia. A pessoa intemperante quer tudo já, agora e para sempre. “Essa intemperança é a causa de desequilíbrio da sociedade. Esse é um problema fundamental que causa depressão, tristeza e todo o tipo de problema em nossa sociedade. Se não resolvermos o problema da intemperança frenética, não podemos fazer nada. O livro trata detalhadamente a respeito desse tema. Tentar resolver os problemas de ordem social e econômica sem resolver a questão da intemperança frenética é como tratar os sintomas sem atacar a causa. Somente dentro de uma perspectiva sobrenatural, com a ajuda da graça é que vamos conseguir o Retorno à Ordem. A solução está na prática das virtudes cardeais, especialmente a temperança.”  – Concluiu.

O livro Return to Order já foi traduzido para o português. Para adquirir o e-book no site da “Amazon” clique aqui.

Edição em inglês gratuita – Download

Edição em português – Amazon


[i] https://diariodorio.com/centro-do-rio-passa-por-crise-sem-precedentes/?fbclid=IwAR3bam5QTJLB41rEKfIvZ01T2LfmibEkEYdRPq3BSk_rqCwxDa4U6wXgXhc

[ii] https://www.metropoles.com/brasil/araraquara-segue-com-hospitais-lotados-e-decide-prorrogar-lockdown

[iii] htps://www.youtube.com/watch?v=UwujXLe1mhk&ab_channel=InstitutoPlinioCorr%C3%AAadeOliveira

Smartphone e mídias sociais, instrumentos de controle social a serviço de governos totalitários

Por Jurandir Dias

 Governos de diversos estados brasileiros fizeram uso de uma tecnologia instalada nos celulares, sem o conhecimento do usuário, para o controle de deslocamento de pessoas durante a pandemia do vírus chinês. O governo de São Paulo e a prefeitura do Rio, por exemplo, firmaram parceria com empresas de telefonia. Uma empresa brasileira chamada in Loco está presente em cerca de 60 milhões de celulares por meio de aplicativo que usa essa tecnologia. A empresa disponibilizava em seu site diariamente a média de isolamento social a fim de auxiliar “as políticas de saúde, conscientização e segurança”.

Richard Stallman

O controle sobre os usuários de celular, entretanto, não se restringe ao deslocamento. Antes mesmo de esse modelo ser utilizado pelos novos ditadores de controle social a pretexto do coronavírus, o guru da informática, Richard Stallman, criador do sistema Linux, revelava que os telefones inteligentes nos fizeram regredir dez anos em termos de privacidade, espiam e transmitem nossas conversas, mesmo desligados”, conforme reportagem publicada em El País, no dia 25 de fevereiro de 2019.

Stallman se preocupa com o fato de os aparelhos conectados enviarem às empresas privadas cada vez mais dados sobre nós através de históricos de navegação e de comunicação.

“A China é o exemplo mais visível de controle tecnológico, mas não o único. O Reino Unido há mais de dez anos acompanha os movimentos dos carros com câmeras que reconhecem as placas. Isso é horrível, tirânico!” – ressaltou.

O criador do Linux é obcecado com essa falta de privacidade na era digital: não possui celular e somente aceitou que o fotografasse durante a entrevista mediante a promessa de que não publicariam sua foto no Facebook.

“Sempre disse que o Facebook e seus dois tentáculos, o Instagram e o WhatsApp, são um monstro de seguir as pessoas. O Facebook não tem usuário, tem usados. É preciso fugir deles”, finaliza.

Não podemos aceitar – diz Stallman – que outros tenham informações sensíveis sobre como vivemos nossa vida. “(…) ninguém precisa saber o que você faz no seu dia a dia. Muito menos os produtos que você compra, desde que sejam legais. Os dados realmente perigosos são quem vai aonde, quem se comunica com quem e o que cada um faz durante o dia. Se os fornecermos, eles terão tudo”.

“Os celulares são o sonho de Stalin, porque emitem a cada dois ou três minutos um sinal de localização para seguir os movimentos do telefone”, diz. O motivo de incluir essa função foi inocente: era necessário para dirigir ligações e chamadas aos dispositivos. Mas tem o efeito perverso de que também permite o acompanhamento dos movimentos do portador. “E, ainda pior, um dos processadores dos telefones tem uma porta traseira universal. Ou seja, podem enviar mudanças de software à distância, mesmo que no outro processador você use somente programas de software livre. Um dos usos principais é transformá-los em dispositivos de escuta, que não desligam nunca porque os celulares não têm interruptor”, afirma.

*    *    *

Alguém poderia perguntar: servirá também o smartphone, além de rastrear o que fazemos, para que os governos totalitários digam o que devemos fazer durante o dia, como devemos nos comportar e nos vestir, por exemplo? Aliás, isto já é feito através das modas e dos costumes propalados pelos meios de comunicação. A pergunta correta seria: quem controla tudo isto e como nos livrar dessa influência deletéria.

A resposta a tal pergunta está no magistral ensaio Revolução e Contra-Revolução, do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, que descreve um processo de descristianização da sociedade ocidental iniciado no final da Idade Média e que perdura até os nossos dias. Sua derrota se dará com o cumprimento da promessa de Nossa Senhora em Fátima: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!”.

Dependência tecnológica durante a pandemia

Jurandir Dias 

Os confinamentos impostos pelos governos no mundo inteiro durante a pandemia do vírus chinês causaram muitos problemas psicológicos como depressão, medo, angústia e tristeza. O uso descontrolado do celular tornou-se uma “dopamina” para esses males. Essa dependência tecnológica tem sido objeto de estudo do Instituto Delete, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e de diversos especialistas.

Alunos de uma escola de Nice, França — Foto: Reuters

A pesquisa do Instituto Delete aponta que 52,6% dos entrevistados instalaram novos aplicativos para aumentar suas experiências digitais. Anna Spear King, uma das responsáveis pela pesquisa, observa que “a pessoa não tem um vício, ela tem um transtorno mental primário, uma ansiedade, uma depressão, uma compulsão.

“Celulares oferecem luzes, cores, sons. É similar ao efeito de um jogo, libera substância como dopamina e serotonina no cérebro. Aí acrescente características individuais de cada pessoa, se já existe uma pré-disposição a ser compulsivo e ansioso. A pessoa não entende por que ela volta toda hora para o celular.”

A pessoa “usa o celular para extravasar seus transtornos de origem.” – concluiu.

Cristiano Nabuco de Abreu, coordenador da parte de dependências tecnológicas do Pro-Amiti, do Hospital das Clínicas de São Paulo, concorda com a opinião de Anna King: “A gente sempre se debruçou no fato de que essas pessoas utilizam a tecnologia para regular o humor disfórico, para regular estados depressivos”.[i]

Adriana Campos, do site edudare.pt, afirma, por sua vez,que “atualmente, sabe-se que o uso da Internet pode causar dependência, o que significa que a net se pode tornar o centro da vida da pessoa, à volta da qual tudo gira. A satisfação de necessidades básicas, como comer e dormir, pode mesmo passar para segundo plano, até porque a perda da noção do tempo é muito frequente neste tipo de dependência.”

Uma reportagem divulgada pelo site Euronews relata que cada vez mais os pais se preocupam com o fato de durante a pandemia os filhos passarem horas intermináveis diante do computador ou do celular para jogar ou estudar. Eles temem que isso se torne um vício.[ii]

Uma jovem italiana, Benedetta Melegari, de 18 anos, declara: “Desde o início da pandemia, tenho passado cerca de oito horas por dia frente ao computador. Antes, quase não o usava. Agora, não posso viver sem telefone ou computador.

“Estou menos interessada em fazer coisas. Sou mais preguiçosa. Tenho tendência a dizer que vou descansar durante cinco minutos e, duas horas depois, ainda estou no sofá a ver o Tik Tok ou o Instagram. Acontece especialmente à noite. Como consequência, tenho dificuldade em dormir. Sinto-me desperta, agitada. Estou a ter dificuldades em adormecer”, continua a jovem estudante.

A mãe da jovem, preocupada, desabafa: “Passar todas estas horas em frente do computador, significa que interagem menos com a família. Como mãe, pergunto-me frequentemente se isto pode conduzir a alguma forma de vício”.

A reportagem de Euronews relata ainda que em 2017 a Autoridade de Saúde local em Gênova reuniu um grupo de peritos para estudar o fenómeno emergente da ciberdependência juvenil.

“Recebemos o dobro do número de pedidos de apoio e de intervenção depois do confinamento. Nos últimos três meses – outubro, novembro e dezembro – acolhemos dez crianças identificadas como ciberdependentes”, diz Margherita Dolcino, psicóloga-chefe do projeto.

“Pouco a pouco, a pessoa deixa tudo o resto para só se dedicar ao jogo. A relação com os jogos de vídeo será semelhante a outros tipos de vício. O jogo torna-se mais importante que outros temas sociais. Os laços virtuais ganham contra a ligação com o mundo real. Se a pessoa não conseguir ultrapassar esta forma de funcionamento em seis meses, podemos realmente fazer um diagnóstico de ciberdependência”, declara Michaël Stora, psicólogo, autor e fundador do Observatório sobre Mundos Digitais em Ciências Humanas.

De acordo com Stora, 98% dos jovens que sofrem de ciberdependência têm um QI elevado, mas também têm frequentemente fobias sociais e escolares ou alguma forma de autismo: “Quando estes jovens enfrentam um fracasso, quebram. Os videojogos tornam-se então uma espécie de antidepressivos interativos“, acrescenta o professor.

Os jogos de vídeo vão permitir-lhes tornar-se heróis virtuais, continuar a lutar com grandes resultados: “Têm sucesso, mas é um sucesso rápido. É o oposto do que se passa na vida real, em que o sucesso leva tempo. E é preciso perseverar”, conclui.

A juventude não vive para o prazer, mas para o heroísmo”, afirmou Paul Claudel. A pandemia do vírus chinês, com suas nefastas consequências, até esse ânimo, essa sede de heroísmo, tirou de nossa juventude.


[i] https://auditeste.com.br/dependencia-tecnologica-o-quanto-somos-dependentes/

[ii] https://pt.euronews.com/2021/01/29/covid-e-ciberdependencia

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Coronavírus, Pavlov e doença mental


Coronavírus, Pavlov e doença mental


O isolamento social imposto pelos governos por causa da pandemia do vírus chinês trouxe consequências imprevisíveis para a população mundial. Uma dessas consequências é o problema de saúde mental. O neurocirurgião da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Dr. Júlio Pereira, afirmou em entrevista para Rádio Bandeirantes: “A gente costuma dizer que as pessoas estão submetidas a um estresse crônico”.[1]
Fala-se do perigo de uma segunda onda da pandemia. Entretanto, para o médico neurologista, “algumas pessoas consideram até uma segunda onda de pacientes com outras doenças que estão voltando”. Tais pessoas têm procurado hospitais achando que estão com covid19, mas, na verdade, “estão ansiosas, sem dormir, e muitas até ficam com sintomas como se tivesse com coronavírus. Um dos sintomas do transtorno de ansiedade é dificuldade de respirar”, observou.
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Os “protocolos” impostos pelos governos para combater a pandemia são verdadeiros paradoxos: as pessoas foram obrigadas a andar de ônibus e metrôs lotados para evitar a propagação do vírus. Mediante pesadas multas, somos todos obrigados a usar máscaras, cuja eficácia na proteção contra o vírus não está cientificamente comprovada e podem até ser uma fonte de contágio.[2] Além disso, as pessoas respiram o tempo todo o mesmo ar que sai dos pulmões. As máscaras servem também para esconder o descontentamento das pessoas. Não se vê ninguém sorrindo. Quebrou-se a economia mundial; faliram milhares empresas e empobreceram pessoas e nações… Tudo isso para o “bem” da nossa saúde!
Diante dos quadros macabros apresentados por certa emissora de TV brasileira – a qual o Presidente Bolsonaro chamou de “TV Funerária” – tem-se a impressão de que tudo é morte e desolação. Perde-se assim a esperança, porque o “novo normal” apresentado pela mídia é bastante sombrio. E as pessoas que não têm como se sustentar, sem seus empregos ou trabalhos autônomos, ficam desesperadas sem ter alimentos para si e para os filhos. Vi na internet uma senhora que se oferecia para fazer serviços domésticos apenas em troca de alimentos.
Um pai de família foi ao mercado para comprar uns doces para a sua filha de três anos de idade. A criança quis uma barra de chocolate, mas o dinheiro do pai não era suficiente. Naquela hora, ele disse que ficou deprimido. A mãe dessa criança, que tem um bebê de colo, também ficou com depressão.
Por causa de fatos como esses, cresce o número de suicídios. A sociedade parece ter sofrido um processo parecido com a experiência de Pavlov que consistiu em “colocar açúcar diante de um cão imobilizado. Ele salivará. A seguir, associa-se a apresentação do açúcar ao som uma buzina, e repete-se a operação várias vezes. O cachorro continua a salivar normalmente.
“Em uma terceira fase, toca-se a buzina, mas não se apresenta o açúcar. O cão saliva, porque se estabeleceu uma associação entre o som da buzina e a apresentação do açúcar.
“É o que o cientista russo, os meios científicos e culturais chamam, de reflexo condicionado.” [3]
Os contínuos vão-e-vêm das restrições em regiões inteiras se assemelham ao método usado pelo cientista russo. A sociedade virou massa de manobra de experimentos de “cientistas” malucos. Ninguém consegue prever qual vai ser a próxima ordem do “chefe” ou do Grande Irmão nesse cenário típico de George Orwell. E as consequências disso são os problemas de ordem psicológica. Vive-se angustiado. Mas, paradoxalmente, isso é feito em nome da saúde, a qual passou a ser o bem supremo…
O “excesso” de zelo pela saúde durante a pandemia do coronavírus faz-me lembrar de um fato durante a Revolução Francesa cujo lema era liberdade, igualde e fraternidade. Em nome de tal “liberdade” foram mortas milhares de pessoas pela guilhotina. Isso levou Madame Roland a exclamar, enquanto caminhava para o cadafalso onde seria decapitada pelos revolucionários: “Oh liberdade, quantos crimes se cometem em teu nome!”. Parafraseando Madame Roland, poderíamos dizer: “Oh saúde, quantos males nos são impostos em teu nome!”
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Enquanto isso, a maioria das igrejas continuam fechadas. É nelas que as pessoas procuram alento e conforto, principalmente nos momentos mais difíceis. Nossa Senhora da Saúde está sempre pronta para nos ajudar. Peçamos a Ela, juntamente com os jovens caravanistas do IPCO que percorrem o Brasil numa Cruzada do Terço em praças públicas, o fim dessa pandemia, como também do comunismo e do progressismo pseudo-católico.

[2] https://amb.org.br/noticias/amb/a-ineficacia-das-mascaras-cirurgicas-e-mascaras-de-pano-sao-abordadas-na-atualizacao-das-diretrizes-da-amb-sobre-covid-19/

“Novo normal” ou revolução cambojana


“Novo normal” ou revolução cambojana

Após espalhar o pânico com previsões catastróficas baseadas em cálculos matemáticos a partir de falsas premissas, a imprensa propala agora o advento de um “novo normal” para o mundo. As crises de ordem social e econômica provocadas pelos confinamentos criaram um campo fértil para manobras psicológicas revolucionárias. Aparecem, assim, gurus prevendo o fim da civilização e a formação de uma sociedade tribal, sem classes sociais, onde as propriedades e os espaços seriam coletivos.
A expressão “novo normal” vem carregada de energia talismânica. Ela foi criada para causar impacto e uma mudança de mentalidade, tal como descreveu o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em sua obra profética Baldeação Ideológica Inadvertida e Diálogo, publicada em 1965.
Segundo Clausewitz –  teórico alemão de guerra -, a melhor maneira de vencer uma guerra é tirar do adversário a vontade de lutar. Com o pânico provocado a pretexto de um vírus, as pessoas se submetem apaticamente às imposições absurdas de governos tirânicos, mesmo com consequências danosas para a saúde e a economia. Após a pandemia, os hospitais estarão cheios de pacientes que deixaram de se tratar de problemas crônicos graves, como cardiopatia e câncer, por exemplo, por medo de morrer com Covid-19.
Como será o “novo normal”?
Um artigo publicado no Washington Post e transcrito pelo O Estado de São Paulo no dia 21 p.p. descreve como seria esse “novo normal”: “As capitais financeiras dos países mais ricos e as megalópoles fervilhantes do mundo em desenvolvimento ganharam uma chance de se transformar, segundo urbanistas, economistas e historiadores. […] Inúmeras empresas darão fim às instalações físicas com a desaceleração da demanda por imóveis comerciais, os arranha-céus que marcam o horizonte de Manhattan e Mumbai serão mais elefantes brancos do que símbolos de poderio financeiro. As cidades também se tornarão bases para uma onda de ensaios […] novas tecnologias de vigilância e do rastreamento de contatos que poderão dominar a vida urbana mesmo após a pandemia”.[1]
Estamos, portanto, diante de um novo paradigma de sociedade, conforme descrito por José Antônio Ureta na revista Catolicismo“Qual seria o novo paradigma de uma sociedade revolucionária caso a Revolução decidisse abrir mão das mudanças estruturais socioeconômicas para se ater ao campo estritamente cultural? A resposta é a sociedade tribal, com a qual haviam sonhado as correntes radicais da antropologia moderna, como por exemplo o estruturalismo. Os defensores dessas novas teorias alegam que a vida tribal é a síntese da liberdade individual, do coletivismo consensual e da igualdade. E admitem que os indivíduos se dissolveriam na personalidade coletiva da tribo, deixando de lado os velhos padrões de reflexão individual, vontade e sensibilidade.
“Como este processo de autoidentificação com a tribo só é praticável dentro da estrutura de pequenos grupos de pessoas, essa Quarta Revolução exige o desmembramento da sociedade em pequenas comunidades rurais. Seria o fim das grandes cidades, dos complexos industriais e, de modo geral, das gigantescas infraestruturas de hoje. Tudo semelhante à já mencionada revolução cultural de Mao Tsé-tung na China e à expulsão dos habitantes das cidades para os campos pelo movimento comunista guerrilheiro Khmer Rouge no Camboja.”[2]
No dia 17 de abril de 1975, após cinco anos de guerras e guerrilhas, o Khmer Vermelho assumiu o governo do Camboja e começou a “construir” um novo país. Nesse mesmo dia, a população de Phnom Penh foi evacuada. O exército comunista obrigou mais de dois milhões de pessoas a abandonar suas casas em direção ao interior do país para viverem (ou morrerem) em fazendas coletivas. A violência tomou conta das ruas. O exército obrigava as pessoas a deixarem famílias e pertences para trás. Foi o maior êxodo, seguido do maior genocídio da História, no qual morreram em torno de 1,5 milhões de pessoas.
Teriam os gurus do “novo normal” se inspirado na revolução comunista do Camboja de l975?

Referências