sábado, 19 de janeiro de 2019

Como a música moderna produz um estado de espírito profundamente revolucionário

Como a música moderna produz um estado de espírito profundamente revolucionário

sábado, 12 de janeiro de 2019

Meninos vestem azul, meninas vestem rosa?

Meninos vestem azul, meninas vestem rosa?



A declaração da ministra Damares Alves, titular do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, no dia 3 de janeiro, que “meninos vestem azul e meninas vestem rosa”, causou uma série de manifestações favoráveis e também comentários jocosos  na mídia esquerdista.
Diante disso, ocorre-nos a pergunta: teriam as meninas preferência pela cor rosa, e os meninos pela azul?
Segundo o site Current Biology, “a longa história de estudos de preferência de cores tem sido descrita como ‘desconcertante, confusa e contraditória’. Embora estudos recentes tendam a concordar com uma preferência universal pelo ‘azul’, a variedade e a falta de controle nos métodos de medição tornaram difícil extrair uma descrição sistemática e quantitativa da preferência. Além disso, apesar da abundante evidência de diferenças sexuais em outros domínios visuais, e especificamente em outras tarefas de percepção de cores, não há evidências conclusivas para a existência de diferenças sexuais na preferência de cor. Este fato talvez seja surpreendente, dada a prevalência e longevidade da noção de que as meninas diferem dos meninos ao preferirem ‘rosa’” .[i]
Quanto aos brinquedos, já não ocorre o mesmo. Os estudos demonstram que “a preferência de gênero por bonecas versus caminhões parece ter um elemento inato. […] Até mesmo os macacos mostram preferências de brinquedos baseadas no gênero, semelhantes às observadas em crianças. Se receberem brinquedos de tipo sexual, as fêmeas passam mais tempo com os brinquedos das meninas e os macacos passam mais tempo com os brinquedos dos meninos’”.[ii] (grifo nosso)
Ouro estudo diz: “Meninas e meninos diferem em suas preferências por brinquedos, como bonecas e caminhões. Essas diferenças sexuais estão presentes em bebês, e também são vistas em primatas. […] Essa evidência de influências inatas em preferências de brinquedos de tipos sexuais levou a sugestões de que características do objeto como a cor ou a forma dos brinquedos podem ser de interesse intrinsecamente diferente para homens e mulheres. Usamos uma tarefa de aparência preferencial para examinar as preferências de brinquedos, cores e formas diferentes em 120 bebês, com idades de 12, 18 ou 24 meses. As meninas olhavam as bonecas significativamente mais do que os meninos e os meninos olhavam os carros significativamente mais do que as meninas, independentemente da cor, particularmente quando o brilho era controlado. Esses desfechos não variaram com a idade. Não houve diferenças significativas entre os sexos nas preferências dos bebês para diferentes cores ou formas. Em vez disso, as meninas e os meninos preferiam cores avermelhadas sobre o azul e arredondadas sobre formas angulares. Esses achados aumentam as evidências prévias de preferências de brinquedos de tipos sexuais em bebês, mas sugerem que a cor e a forma não determinam essas diferenças entre os sexos”. [iii] (grifo nosso)
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Embora as pesquisas ainda sejam inconclusas a respeito da cor, é certo que as crianças têm preferências diferentes segundo seu sexo biológico, como observou  a fotógrafa sul-coreana  JeongMee Yoon num documentário da BBC. Ela constatou que  as crianças da Coréia do Sul e dos Estados Unidos têm preferências pelas cores azul e rosa, conforme o sexo, na decoração de seus quartos.  Yoon deu início ao seu estudo por causa de sua filha de cinco anos, que ama rosa e só queria vestir-se com roupas e  brincar com objetos com a  cor rosa.  “Descobri que o caso da minha filha não é incomum. Nos Estados Unidos, na Coreia do Sul e em outros lugares, meninas amam roupas, brinquedos e acessórios cor de rosa. Este fenômeno está presente entre crianças de várias etnias, independentemente de seu contexto cultural” – declarou .
As cores, muitas vezes, servem para identificar grupos sociais, ideológicos ou religiosos. Os times de futebol se identificam por suas cores. A cor preta é bastante usada por grupos satanistas e anarquistas. Na Igreja católica, azul é o símbolo do manto de Nossa Senhora.
 Ainda que meninos não tivessem preferência pela cor azul e meninas pela rosa, o fato é que estas cores se tornaram símbolos dos sexos feminino e masculino. Isto explica o ódio da imprensa esquerdista e dos defensores da ideologia de gênero  pela declaração da Senhora Ministra Damares, os quais querem passar a ideia de que vestir meninas de rosa e meninos de azul é uma “construção social”, fruto da família patriarcal e do consumismo.
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Fazendo com que meninos e meninas não tenham opção por tipos de brinquedos, a ideologia de gênero visa destruir na criança as diferenças entre os sexos masculino e feminino.
Na Suécia, uma fábrica de brinquedos foi obrigada a publicar em seu catálogo imagens de meninas com brinquedos de armas e meninos com bonecas para não ser acusada de “discriminação de gênero”.[iv]
Recentemente o American College of Pediatricians, em estudos publicados pela American College of Pediatricians, fez um apelo para “educadores e legisladores rejeitarem todas as políticas que condicionem as crianças a aceitar” a ideologia de gênero. Essa importante associação de pediatras dos Estados Unidos declarou que a “ideologia de gênero é nociva às crianças” e que “todos nascemos com sexo definido”. [v]
A ministra Damares talvez não tenha sido feliz em sua expressão. Mas a sua intenção era criticar a ideologia de gênero. Embora os defensores dessa falsa ideologia tivessem entendido isso, tiraram proveito e fizeram uma guerra psicológica. Como a melhor forma de combater esse tipo de guerra consiste em desmascará-la, é o que pretendemos fazer publicando esses estudos de especialistas referentes ao tema.
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[ii] https://theconversation.com/theres-no-good-reason-to-push-pink-toys-on-girls-15830

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Como os perfumes podem influenciar o comportamento humano

Como os perfumes podem influenciar o comportamento humano  


Deus estabeleceu misteriosas e admiráveis relações entre certas formas, cores, sons, perfumes e sabores e certos estados de alma, é claro que por estes meios se pode influenciar a fundo as mentalidades e induzir pessoas, famílias e povos à formação de um estado de espírito profundamente revolucionário” – afirma o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em seu magistral ensaio Revolução e Contra- Revolução.[i]
Cada item dessa frase (formas, cores, sons, perfumes e sabores) pode ser objeto de um estudo à parte. Nesse sentido, pareceram-nos interessantes os estudos da Dra. Rachel Herz (foto ao lado), PhD em psicologia, considerada uma das maiores especialistas sobre olfato, emoção e cognição. Ela publicou mais de 80 trabalhos de pesquisas originais, coeditou livros didáticos de sua faculdade e recebeu uma série de bolsas e prêmios de prestígio.
A Dra. Herz leciona no Boston College desde 2000 e faz parte da Brown University desde 2013. Seus estudos têm demonstrado como a memória olfativa evocada por odores é sensivelmente mais importante se comparada com outras experiências de memória, e como as associações emocionais aos odores podem mudar a percepção e o comportamento.
A respeito de um de seus experimentos, escreveu ela: “A fim de investigar como o aprendizado associativo emocional aos odores pode induzir mudanças de comportamento consistentes no humor, examinamos primeiro as crianças (Epple e Herz, 1999). Em Epple e Herz, crianças de 5 anos foram submetidas a uma manipulação de frustração de falha na presença de um odor ambiente não familiar. As expressões faciais no final da manipulação foram julgadas como predominantemente negativas, inferindo-se assim que a tarefa de falha-frustração havia induzido um efeito negativo. Após uma pausa de 20 minutos em uma área sem perfume, as crianças receberam um teste de comportamento motivado na presença do mesmo odor, um odor diferente ou nenhum odor. O teste incluiu uma folha de 120 desenhos de animais, 40 dos quais eram filhotes e 20 desses filhotes não tinham cauda. O objetivo do teste era encontrar e circundar os filhotes aos quais  faltasse o rabo quando conseguissem chegar até 10 (90 s). O desempenho foi avaliado pelo número de filhotes circulados corretamente em função da condição de odor ambiente (mesmo, diferente ou sem odor). Os resultados revelaram que o desempenho dos participantes nos grupos com diferentes odores e sem odor era o mesmo. No entanto, as crianças que realizaram a tarefa na presença do mesmo odor circularam significativamente menos filhotes (tiveram escores de desempenho mais baixos) do que os participantes de qualquer outro grupo. Supõe-se que esse decréscimo nos escores dos testes deveu-se à menor motivação provocada pela conexão odor-humor entre as crianças do mesmo grupo de odor e não pelo decréscimo na capacidade, pois as crianças foram alocadas aleatoriamente para o grupo e tinham capacidade intelectual comparável. Este estudo forneceu subsídios para a hipótese de que as experiências emocionais podem se tornar associadas a odores e quando reapresentadas influenciam o comportamento de maneira consistente. [ii] (grifo nosso)
Como dissemos no início deste artigo, cada item da frase de Revolução e Contra-Revolução relativa a formas, cores, sons, perfumes e sabores pode ser objeto de um estudo à parte. Tal é a profundidade de pensamento de Plinio Corrêa de Oliveira. É o que veremos futuramente, com a ajuda de Nossa Senhora.
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[i] “Revolução e Contra-Revolução”, cap. 10 – 2 https://www.pliniocorreadeoliveira.info/RCR.pdf