A Copa do Mundo e a Civilização Cristã
Estamos
em época de Copa do Mundo. Desta vez ela transcorre na Rússia e servirá para
romper as barreiras ideológicas e psicológicas em relação a um país do qual
Nossa Senhora disse em Fátima que espalharia seus erros por toda parte. Tal
previsão, contudo, já se cumpriu, pois o comunismo se encontra, de alguma
forma, instaurado em todo o mundo e até dentro da Igreja.
Esse importante aspecto da
realidade contemporânea fica ofuscado pela propaganda com que somos
bombardeados a respeito da Copa do Mundo.
Entretanto, algo parece estar
mudando. Apesar de todo o esforço midiático, a Copa do Mundo atrai cada vez
menos público. É
o que observa a professora Nardele Silva, moradora de Belo Horizonte: “Este
ano está muito desanimado. Ninguém está em clima de Copa do Mundo. O Brasil
está vivendo um momento muito difícil, e isso está nos levando a repensar a
importância dos jogos. O Brasil é o país do futebol? Pode até ser, mas também
tem que ser o país de outras coisas: o país da segurança, da educação, da
saúde. Então, vejo esse desânimo, vejo as pessoas virando as costas para a
Copa.”[i]
Também em Portugal, o
ex-ministro Pedro Santana Lopes, numa entrevista para a TV SIC,
manifestou o seu profundo desacordo com a importância tributada pela Imprensa
ao futebol em detrimento dos problemas realmente importantes da Nação.
Apenas a entrevista havia
começado, a jornalista o interrompe para transmitir a chegada de José Mourinho,
técnico de futebol, que acabava de desembarcar no Aeroporto da Portela.
Após o repórter falar da
importância daquele técnico de futebol, a jornalista retoma a entrevista:
– Volto agora a conversar com
Pedro Santana Lopes, estávamos a falar…
–
Sabe aonde é que estávamos? – pergunta o
entrevistado.
A jornalista apenas começa a
justificar aquela abrupta interrupção, o ex-ministro a interrompe:
– E acha que isso justifica? Desculpe
a pergunta.
A jornalista, mal à vontade
com a reação do entrevistado, tenta se justificar novamente.
O ex-ministro reage:
– Estamos a falar da interrupção. Acha
que isso justifica?
E continua, ironicamente, sem
deixar a jornalista apresentar as suas escusas:
–
José Mourinho é mais importante que qualquer um de nós, sem dúvida nenhuma. A
chegada dele põe o país em delírio e os problemas dos partidos e do sistema
política não interessam nada. Só lhe pergunto: é assim que o país anda para a
frente? Os senhores me convidaram para vir aqui, para vir falar destes assuntos
importantes, eu vim com sacrifício pessoal, um sacrifício pessoal, chego aqui e
sou interrompido por causa da chegada de um treinador de futebol! Acho que o
país está doido, desculpe dizer. Com todo o respeito, e, portanto, eu não vou
continuar a entrevista. As pessoas têm que aprender, peço desculpas, mas não
vou continuar, sem nenhum preciosismo. Agora, eu tenho regras e não quebro
minhas regras.
Após anos de paulatina
destruição dos alicerces da sociedade e de inversão de valores promovido por
forças hostis à civilização cristã, as quais utilizam o futebol que privilegia
os pés e não o trabalho intelectual, parece que está havendo uma sadia reação.
É o que fazem transparecer as declarações da professora mineira e do ex-ministro
português. Queira Deus que este estado de espírito se mantenha não só no Brasil
e em Portugal, mas no mundo inteiro!
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[i] https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2018/06/12/interna_gerais,966151/a-dois-dias-da-copa-do-mundo-bh-ainda-tem-poucos-locais-decorados.shtml