domingo, 25 de junho de 2017

A marcha inexorável das modas rumo ao reino do demônio

A marcha inexorável das modas rumo ao reino do demônio




A moda e os costumes no Ocidente chegaram a um ponto tal, que quase diríamos que já é o fundo do poço. Contudo, sabemos que ainda não é o fim. A meta final do demônio parece ser a completa destruição de toda a moral, através das modas, da corrupção dos costumes, do nudismo, e a implantação do seu reino sobre a terra, caso uma intervenção divina não viesse interpor-se em dado momento e, após um exemplar castigo, restaurar todas as coisas.

Princípio da gradualidade

Já em 1956 o Dr. Plinio Corrêa de Oliveira observou essa decadência e descreveu como ela ocorre: “Desejamos hoje pôr em evidencia um dos princípios mais essenciais do triste roteiro seguido pelo Ocidente, partindo de suas tradições culturais e sociais cristãs, para o paganismo total do qual já se acha tão próximo.
“Trata-se do princípio que chamaríamos de ‘gradualidade’. A corrupção, em sua longa marcha vitoriosa, não fez saltos. Pelo contrário, soube progredir por etapas tão insensíveis que ninguém, ao longo da trajetória, prestava atenção ao deslizar das ideias, dos costumes e das modas. E com isso o caminho percorrido docilmente pela humanidade foi imenso.” (grifo nosso)
Depois de analisar a “evolução” do traje de banho feminino de 1830 a 1920, o autor pergunta o que diriam as banhistas de 1920 “se pudessem ver como elas próprias ou suas filhas e netas tomariam banhos de mar ou de piscina em 1956? Provavelmente esta antevisão teria suscitado nelas uma reação salutar. Mas, como ninguém previa tais excessos, a moda continuou seu curso. Em 1956, é-nos licito perguntar como estarão as coisas em 1986?”[i] .
Em artigo para a “Folha de S. Paulo” em 1973, o Dr. Plinio escreveu: “Se pelo mundo inteiro já se alastrou o biquíni e hoje é até fabricado por mãos de freiras, quem pode fechar os olhos para o fato de que teremos, em prazo maior ou menor, o monoquíni, e depois deste o nu total?…”. Estamos em 2017, e em muitas praias brasileiras e europeias já se pratica o nudismo total, o que chamam de naturismo. ( grifo nosso)[ii]

A Igreja não tem modas

Em seus últimos dias de vida, Santa Jacinta, a vidente de Fátima recentemente canonizada, disse à Madre Maria da Purificação Godinho, a quem chamava de “Madrinha”:
         “Os pecados que levam mais almas para o inferno, são os pecados da carne.
         “Hão de vir umas modas, que hão de ofender muito a Nosso Senhor. As pessoas que servem a Deus, não devem andar com a moda. A Igreja não tem modas. Nosso Senhor é sempre o mesmo.”

Qual o objetivo das modas?

O Pe. David Francisquini diz que o objetivo das modas é “destronar Nosso Senhor e colocar Satanás em um trono; liquidar a boa ordem das coisas e preparar os gostos, os pendores, os humores para os vícios. Modificar o estado temperamental, para que as pessoas vão se habituando à cacofonia, ao mau gosto, a tudo quanto é desordenado; estimular os hábitos imoderados e tendenciosos na maneira de se vestir, cores extravagantes sem harmonia e beleza, bem como a minimização das vestes rumo à nudez.
“Trata-se de uma ofensiva que, muitas vezes, tenta transtornar a ordem espiritual, com desregramentos morais, para assim golpear a boa ordem no âmbito temporal. Ofensiva satânica visando atacar a glória de Deus, tentando destruir a ordem espiritual e temporal, sugerindo concessões ao mal.”[iii]

O personagem carismático que dita as modas

Em artigo intitulado “É aqui que as modas nascem”, escreve a jornalista Erika Palomino: “Engana-se quem pensa que os estilistas se trancam numa sala para se inspirar. Pelo contrário: eles olham para a rua, que é o berço de tudo. 
“Os estilistas e os(as) modelos estão entre os profissionais mais bem pagos do mundo. Eles atuam nas passarelas.  São pagos para vender ideias e tendências, não para vender produtos.  Os desfiles vendem ideias explicitas do que vai parar nas ruas de forma contida”.[iv]
E prossegue: “Onde começa a moda? Quem usa primeiro as peças mais diferentes, quem são os precursores das ideias que depois serão adotadas por todos – ou por muitos? Não são, isso é certo, os estilistas, do alto das passarelas. Nem as revistas especializadas. As ruas é que mandam, e nelas alguns personagens funcionam como lançadores de tendências e modismos. Não são famosos, necessariamente, mas é um tipo de gente que, dentro de seu grupo, tem carisma e personalidade suficientes para inventar e ser copiado”. (grifo nosso)
São inúmeros aqueles que copiam e seguem de forma irracional o que lhes ditam tais “pessoas carismáticas”, sem julgar se isto é o bom ou mal.

A macaca que lançou uma “moda”

Pareceu-me ilustrativo deste comportamento uma notícia de 2014, segundo a qual uma macaca chimpanzé, de um zoológico da Zâmbia, lançou uma “moda” entre os macacos de seu grupo. Ela colocava um pedaço de grama na própria orelha e os outros macacos a imitaram por muito tempo, até mesmo depois que aquela macaca morreu. O fato chamou a atenção de especialistas em comportamento animal.
Comenta um deles: “Qualquer tipo de moda subcultural na cultura humana, eu diria, poderia ser o paralelo a esse comportamento de grama-na-orelha.”[v]
Aquele fato me faz pensar no comportamento das pessoas que seguem a moda. Por isso, pergunto-me: sendo o homem um ser inteligente, como pode agir de modo irracional, semelhante ao daquele grupo de macacos?
*   *   *
O homem moderno parece ter perdido o lumen rationis (luz da razão), como consequência de ter abandonado o lumen fidei (luz da fé). É o que podemos observar atualmente em seus comportamentos irracionais.
Roma e Bizâncio descaíram devido à perda dos valores morais, numa crise estritamente religiosa.  Por isso, observa Dr. Plinio: “E nada adiantará para salvar o Ocidente cristão, porção dileta entre todas por Deus, se não se compreender que cumpre antes de tudo salvar os valores morais por uma volta autêntica ao espírito e à vida da Igreja.[vi]
________________________
[i] O princípio da gradualidade, regra ardilosa do progresso do mal, Plinio Corrêa de Oliveira, Catolicismo, agosto de 1956.
[ii] “Bangladesh, Watergate e nudismo”, “Folha de S. Paulo”, 19-8-73.
[iv] Revista Moda & Estilo, edição especial de Veja em maio de 2005.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça um blogueiro feliz, comente. A sua opinião é muito importante.