sábado, 25 de junho de 2016

A diferença entre Garissa e Orlando — e a cristianofobia

A diferença entre Garissa e Orlando — e a cristianofobia


As esquerdas de todos os matizes desviaram o foco principal do fato ocorrido em Orlando, que é o terrorismo islâmico promovido no mundo inteiro.
Estado Islâmico divulga vídeo de decapitação de cristãos
No dia 2 de abril do ano passado aconteceu um massacre de 148 pessoas dentro de uma Universidade na cidade de Garissa, no Quênia. Talvez o leitor não se lembre disso. Ou talvez nem ouviu sequer falar desse tremendo massacre. Claro, pois o fato foi muito pouco noticiado pela imprensa brasileira.
Qual a razão desse silêncio a respeito de um fato tão chocante?
É o que comecei a pesquisar e pude constatar que os atiradores eram terroristas de um grupo ligado à Al Qaeda e escolheram a dedo as pessoas para matar, ou seja, os cristãos. No local havia também muçulmanos, os quais foram poupados.
Algumas declarações de testemunhas revelam isto. “Os militantes que mataram 147 pessoas em uma escola queniana parece ter planejado extensivamente , mesmo como alvo um local onde os cristãos tinham ido orar , um sobrevivente disse sexta-feira.” Os militantes separaram os cristãos e atiraram neles”, disse  outra testemunha. [1]
O sobrevivente Collins Wetangula, membro do grêmio estudantil, descreveu a presença de pelo menos cinco homens armados mascarados. “Se você fosse cristão, era alvejado ali mesmo. A cada disparo eu achava que iria morrer“, afirmou Wetangula. [2]
Um porta-voz da Shebab , movimento terrorista ligado à Al-Qaeda da Somália, disse à AFP que o grupo estava por trás do ataque de manhã cedo na universidade em Garissa e tinha feito reféns os não-muçulmanos.” Quando nossos homens chegaram , eles separaram os muçulmanos. Estamos mantendo os outros reféns”, disse o porta-voz do Shebab Sheikh Ali Mohamud Raiva, sem dar números. Ele disse ainda que aqueles apreendidos eram cristãos e acrescentou que “nosso povo ainda está lá, eles estão lutando e sua missão é matar aqueles que são contra a Shebab”. [3]
Contudo, o tempo passou e outro massacre aconteceu. Desta vez em Orlando, EUA. Os motivos e as circunstâncias desse fato são completamente diferentes. Aliás, quase completamente, por que o assassino também era um terrorista islâmico. Trata-se do tiroteio em que foram mortas 50 pessoas em uma boate frequentada por homossexuais.
O curioso é que as esquerdas de todas as cores, vermelhas, verdes, cores do arco-íris etc. levantaram as vozes para lamentar a tragédia e procurar os culpados.
Entre essas vozes, umas aproveitaram o fato para defender o desarmamento da população dos Estados Unidos. Lá se compra armas até nos supermercados, dizem exageradamente os desarmamentistas. Como se nos países, como o Brasil, onde o porte de arma é proibido para o cidadão de bem, não houvesse assassinatos… Como se aqui fosse o país mais pacífico do mundo… Pelo contrário, temos um índice de criminalidade com armas de fogo 3 vezes maior do que nos Estados Unidos.
Já alguns homossexuais e abortistas colocam a culpa na sociedade “heteropatriarcal”. Isso foi um tremendo ato homofóbico, dizem eles.
Ativista abortista culpa os pró-vida pelos tiroteios
 de Orlando por “incitar ódio e violência”
A ativista abortista Jodi Jacobson, no blog Rewire, culpa os pró-vida pelos tiroteios de Orlando por “incitar ódio e violência”: “A América tornou-se um lugar horrível que incentiva a violência e o terrorismo. E é tudo culpa dos conservadores e cristãos.” Mais adiante, expressa toda a sua fúria contra os cristãos conservadores: “Qual, exatamente, é a diferença entre o ódio vomitado por radicais islâmicos e aquele por fundamentalistas cristãos conservadores nos Estados Unidos? “ (destaque nosso)
“Várias celebridades de Hollywood e jornalistas pró-aborto também usaram o tiroteio trágico para promover o aborto”, comenta o site ”Logos Apologética”. [4]
A “Folha de São Paulo”, no dia 13 p.p., trás a notícia em primeira página com a seguinte manchete :“Maior atentado a tiros nos EUA mata 50 pessoas em boate gay”.  A pessoa que costuma ler apenas os títulos nos jornais, ou mesmo não lê atentamente a notícia, fica com uma ideia distorcida do fato. Não há nenhuma referência ao terrorismo islâmico ou ao Estado Islâmico. A manchete do jornal induz o leitor a pensar apenas na homofobia e no desarmamento. É a visão estrábica da esquerda.
Como se pode notar, as esquerdas de todos os matizes desviaram o foco principal do fato ocorrido em Orlando, que é o terrorismo islâmico promovido no mundo inteiro.
Qual a diferença entre os dois fatos relatados acima? Apenas o número de pessoas assassinadas? Em ambos os casos os assassinos eram terroristas islâmicos. Contudo, a grande diferença está na impostação da imprensa internacional e como repercutiram os fatos. A diferença está também que no Quênia as pessoas assassinadas eram cristãs.
Um site espanhol fez uma observação interessante a propósito dos dois fatos: “Afinal se chega à triste conclusão de que, para certa parte de nossa sociedade, se alguém é assassinado por ser cristão é melhor ocultar, embora o Cristianismo seja precisamente a religião mais perseguida do mundo. Trata-se a fé dessas vítimas como se fosse um motivo de vergonha, algo que merece ser censurado e tachado. (…) A crescente cristianofobia que se dá no Ocidente está gerando uma atitude grotesca, que se tem manifestado também ante uma surpreendente indiferença face às atrocidades perpetradas pelo ISIS contra as minorias religiosas como cristãos e yazidis no Oriente Médio.” E conclui: “É assim que a nossa sociedade pretende pregar a tolerância e o humanitarismo?”  [5]
Essa é a “tolerância” dos intolerantes.

Referências:

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Abyssus abyssum invocat

Abyssus abyssum invocat

De abismo em abismo se chega a um ponto que aparentemente não tem volta. E a pessoa quer sempre mais fruir a vida. Mas, como o demônio nunca dá o que promete, essa procura desenfreada pelos prazeres pode levar a pessoa ao desespero e ao suicídio.

Um homem belga, de 39 anos, quer fazer eutanásia conforme as leis de seu país, onde esta prática é permitida. Por causa da sua homossexualidade, ele disse que se “tornou um prisioneiro do próprio corpo”. [1]
Identificado apenas como Sebastian, o homem apela para o “direito de morrer com dignidade”. Para isto será necessário concordarem apenas três médicos; basta o paciente demonstrar “sofrimento físico ou mental constante e insuportável”.
Em entrevista à BBC, o homem declarou: “Eu sempre pensei sobre a morte. É um sofrimento permanente, como ser um prisioneiro em meu próprio corpo. Uma constante sensação de vergonha”.
Perguntado se ele poderia mudar de ideia de suicídio, ele respondeu: “Se alguém pudesse me dar algum tipo de cura milagrosa, por que não? Mas, por agora, eu realmente não acredito mais.”
Também na Bélgica, em 2013, Nathan, nascido Nancy Verhelst, morreu por eutanásia depois que a sua operação de mudança de sexo a deixou com “sofrimento psicológico insuportável.”  [2]
Verhelst teve terapia hormonal em 2009, fez mastectomia e cirurgia para a construção de um órgão sexual masculino em 2012. Contudo, “nenhuma dessas operações trabalhou como desejado”, declarou.
“Eu estava pronta para celebrar meu novo nascimento”, disse ela ao jornal. “Mas quando eu me olhei no espelho, eu fiquei com nojo de mim mesma. Em meus novos seios não se encontraram as minhas expectativas e os meus novos órgãos sexuais tinham sintomas de rejeição. Eu não quero ser … um monstro. “
 *        *       *
Desde o início do cristianismo a Igreja Católica condenou a eutanásia. Um dos primeiros escritores cristãos, Lactâncio, (240-320 dC) assim se expressou sobre os doentes terminais: “São inúteis para os homens, mas são úteis para Deus, que lhes conserva a vida, lhes dá o espírito e lhes con­cede a luz“.
A eutanásia, sejam quais forem as formas e os motivos, constitui um assassinato. É gravemente contrária à dignidade da pessoa e ao respeito que se tem por Deus, nosso Criador. Conforme o Catecismo da Igreja Católica, “cada um é responsável pela vida diante de Deus, que lha deu e que dela é sempre o único e soberano Senhor. Devemos receber a vida com reconhecimento e preservá-la para honra e salvação de nossas almas. Somos os administradores e não proprietários da vida que Deus nos confiou. Não podemos dispor dela.” (C.I.C 2280)
Pio XII, em discurso de12 de setembro de 1947, declarou:  “Não basta que o coração seja bom, sensível e ge­neroso; também deve ser sábio e forte… Uma destas falsas piedades é a que pretende justificar a eutanásia e tirar o homem do sofrimento purificador e meritório, não por meio de um consolo louvável e caritativo, mas com a morte, como se faz com um animal irracional e sem imortalidade”.
A Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé condenou com firmeza a eutanásia em declaração de 5 de maio de 1980. Segue o texto:
“Por eutanásia, entendemos uma ação ou omissão que, por sua natureza ou nas intenções, provoca a morte a fim de eliminar toda a dor. A eutanásia situa-se, portanto, ao nível das intenções e ao nível dos métodos empregados
Ora, é necessário declarar uma vez mais, com toda a firmeza, que nada ou ninguém pode autorizar a que se dê a morte a um ser humano inocente seja ele feto ou embrião, criança ou adulto, velho, doente incurável ou agonizante. E também a ninguém é permitido requerer este gesto homicida para si ou para um outro confiado à sua responsabilidade, nem sequer consenti-lo explícita ou implicitamente. Não há autoridade alguma que o possa legitimamente impor ou permitir. Trata-se, com efeito, de uma violação da lei divina, de uma ofensa à dignidade da pessoa humana, de um crime contra a vida e de um atentado contra a humanidade.
Pode acontecer que dores prolongadas e insuportáveis, razões de ordem afetiva ou vários outros motivos, levem alguém a julgar que pode legitimamente pedir a morte para si ou dá-la a outros. Embora em tais casos a responsabilidade possa ficar atenuada ou até não existir, o erro de juízo da consciência — mesmo de boa fé — não modifica a natureza deste gesto homicida que, em si, permanece sempre inaceitável. As súplicas dos doentes muito graves que, por vezes, pedem a morte, não devem ser compreendidas como expressão duma verdadeira vontade de eutanásia; nestes casos são quase sempre pedidos angustiados de ajuda e de afeto. Para além dos cuidados médicos, aquilo de que o doente tem necessidade é de amor, de calor humano e sobrenatural, que podem e devem dar-lhe todos os que o rodeiam, pais e filhos, médicos e enfermeiros.” [3]
*      *       *
Abyssus abyssum invocat (Um abismo atrai outro abismo), diz um velho adágio. Assim, de abismo em abismo se chega a um ponto que aparentemente não tem volta. E a pessoa quer sempre mais fruir a vida. Mas, como o demônio nunca dá o que promete, essa procura desenfreada pelos prazeres pode levar a pessoa ao desespero e ao suicídio.
Entretanto, quem tem fé sabe que o fim desta vida terrena é apenas o início de outra que não terá fim. O Catecismo da Igreja Católica ensina que “o suicídio é gravemente contrário a Justiça, à esperança e à caridade. É proibido pelo quinto mandamento” (C.I.C 2325). Assim, objetivamente falando,  se a pessoa comete o suicídio com toda a consciência do seu ato, e não tiver tempo para se  arrepender, não se salva, pois morre em estado de pecado grave.
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Referências:
[1] http://www.telegraph.co.uk/news/2016/06/11/gay-man-in-belgium-asking-to-be-euthanised-because-he-cannot-cop/
[2] http://www.huffingtonpost.co.uk/2013/10/02/nathan-verhelst-belgian-man-euthanasia-failed-sex-change-operation_n_4028182.html

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Mais uma vitória das famílias paulistanas! PEE – SP é aprovado sem qualquer menção à “Ideologia de Gênero”

Mais uma vitória das famílias paulistanas! PEE – SP é aprovado sem qualquer menção à “Ideologia de Gênero”


Em uma das últimas audiências públicas antes da votação final, o coordenador da Ação Jovem, Daniel Martins, discursa representando os mais de 70.000 protestos enviados através de nosso site aos deputados.

Nesta terça-feira (14-6-16) transcorreu a votação do Plano Estadual de Educação (PEE) no Plenário da Assembléia Legislativa de São Paulo. Este foi aprovado, mas sem menção à abominável (e ridícula) Ideologia de Gênero — ideologia carente de qualquer comprovação científica e perversamente anti-família.
Se essa menção não fosse excluída do PEE, o Estado estaria promovendo o ensino para nossas crianças de uma verdadeira abstração “filosófica” que propugna que a sexualidade de uma pessoa não seria determinada pelo seu componente biológico e genético, mas sim pelo modo como ela se considera a si mesma. Que nós nasceríamos sem sexualidade psicológica definida e a diferenciação sexual do corpo seria apenas um acidente anatômico que “convencionalmente” é tido como masculino ou feminino. Ou seja, nossa “suposta” identidade sexual é, para tal Ideologia, uma mera imposição do ambiente em que fomos educados.
Graças a Deus e aos esforços de muitos defensores da instituição familiar — com telefonemas, envios de e-mails, fax, contatos com parlamentares etc. —, tal expressão foi excluída do PEE (PL 1083/15), que tramita desde agosto do ano passado em regime de urgência.
A campanha de envio de e-mails aos deputados de São Paulo, que o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira promoveu, contou com 78.548 mensagens enviadas. Parabéns a todos que colaboraram!

Permaneçamos atentos!

“Ideologia de Gênero” foi rejeitada, mas a mobilização que se obteve contra esse plano nefasto não pode baixar a guarda, pois sabemos que não cessarão as investidas daqueles que promovem a desagregação da família tradicional, como estabelecida por Deus  — ou seja, constituída com o matrimônio monogâmico e indissolúvel, celebrado entre um homem e uma mulher, com vistas à geração e educação da prole.
Mesmo sem um plano que promova este perverso “ensino” não existe uma lei específica que o proíba, e por isso, é necessário que os pais e mães fiquem atentos ao conteúdo que é ensinado para seus filhos!

Quer proteger seu filho contra a “Ideologia de Gênero”?

Há outros projetos desagregadores da instituição familiar em pauta. Permaneçamos, portanto,VIGILANTES! Que a Sagrada Família — Jesus, Maria e José — abençoem e recompensem abundantemente todos que participaram desta longa batalha.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Ideologia de gênero ou nazismo?

Ideologia de gênero ou nazismo?


Diante de absurdos como os tais “experimentos com crianças”, cabe uma pergunta: a semelhança entre o método empregado pelos promotores da ideologia de gênero e aquele do médico nazista, Josef Mengele, seria simples coincidência ou fruto da mesma ideologia?
Continuam os esforços dos promotores da famigerada ideologia de gênero na tentativa de dar um cunho científico a esta teoria que não passa de uma farsa. Em artigo publicado no site  “The Daily Signal”, o Sr. Walt Heyer – pessoa que se diz ex-transgênero  -, denuncia o abuso que cometem os médicos e psiquiatras que impõem um tratamento que não resolve os problemas das pessoas com as chamadas disforia ou transtorno  de gênero. Pelo contrário, eles somente complicam. [1]
O autor do artigo se queixa: “como ex-transgênero, gostaria que o cara que me indicou para a cirurgia de gênero tivesse me alertado sobre os riscos”. Segundo ele, um estudo de 2016 constatou que mais de 50 por cento das pessoas que se submeteram à cirurgia de mudança de sexo tinham pensamentos suicidas e 45 por cento tiveram algum episódio depressivo importante.
“Os médicos são muito apressados para chegar a um diagnóstico de disforia de gênero e recomendar a terapia hormonal do sexo oposto e uma cirurgia irreversível sem levar em conta os problemas coexistentes”, reclama o Sr. Walt Heyer.
Um estudo publicado por JAMA  Pediatrics, em março de 2016, mostra o alto índice de diagnósticos psiquiátricos em um grupo de 298 mulheres, ditas transexuais, com idade entre 16 de 29 anos. Porém, não existe nenhum teste objetivo para detectar a disforia de gênero. A causa desta condição não pode ser verificada através de resultados de laboratório, de uma varredura do cérebro etc.[2]
Outros estudos realizados nos anos de 2009 e 2013 à procura de um “gene transgênero” não mostraram nenhuma anormalidade na composição genética que faz com que alguém seja transexual.  “As pessoas transexuais, nascidas com sexo masculino, são homens normais biologicamente”, concluiu.
 “Sem pesquisa suficiente e consenso sobre o tratamento de crianças diagnosticadas com disforia de gêneroqualquer tratamento invasivo, mesmo recomendado pelas diretrizes atuais, é simplesmente uma experiênciaÉ hora de parar com experimentos com crianças”,alerta o autor do artigo. E acrescenta:  “transgêneros precisam de psicoterapia e não de acesso a banheiros unissex, chuveiros e vestiários. Culpar a sociedade pelos males das pessoas transexuais não vai melhorar o seu diagnóstico e tratamento”. (os destaques são nossos)
Diante de absurdos como os tais “experimentos com crianças”, cabe uma pergunta: a semelhança entre o método empregado pelos promotores da ideologia de gênero e aquele do médico nazista, Josef Mengele, seria simples coincidência ou fruto da mesma ideologia?
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Referências:
[2] http://archpedi.jamanetwork.com/journal.aspx

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Homeschooling, uma alternativa sadia para a educação dos filhos

Homeschooling, uma alternativa sadia para a educação dos filhos

Os empecilhos para mudar o ECA são muito mais políticos, culturais e ideológicos do que jurídicos. Cabe, pois, aos pais se manifestarem de uma maneira organizada, ordeira e legal contra essa tirania. Eles devem mostrar ao Poder Público que os pais de família são os verdadeiros educadores de seus filhos, e que o Estado deve respeitar o princípio de subsidiariedade

No Brasil, cerca de 3 mil famílias educam seus filhos em casa pelo sistema chamado em inglês dehomeschooling (um método de ensino no qual o aluno não frequenta escolas formais). E isto se deve principalmente à implantação da ideologia de gênero nos currículos escolares, apesar de um projeto de lei a respeito dessa matéria ter sido recusado no Congresso Nacional e na maioria das cidades brasileiras. Outro motivo é o baixo nível do ensino nas escolas.
O número  de famílias brasileiras adeptas do homeschooling ainda é pequeno. Nos Estados Unidos, pelo contrário, os meninos educados em casa fora da escola estatal são cerca de dois milhões, enquanto na Inglaterra eles perfazem quase 70 mil, no Canadá 60 mil, na França três mil e na Espanha dois mil. (Os dados são de 2012).

Um empecilho: o ECA

 Muitos pais gostariam de aderir ao método do homeschooling, porém uma ameaça séria contra o direito das famílias é o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), promulgado pela Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Esse documento é um produto da ONU sobre os Direitos da Criança. Ele impõe muitas interferências estatais nas famílias brasileiras e seus filhos.
Os Conselhos Tutelares se baseiam no ECA para perseguir as famílias que desejam educar seus filhos de acordo com os seus princípios. Em seu artigo 55 diz:  “Os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino” (art. 55).  Por outro lado, o Artigo 12.4 da Convenção Americana dos Direitos Humanos diz que “Os pais e, quando for o caso, os tutores, têm direito a que seus filhos e pupilos recebam a educação religiosa e moral que esteja de acordo com suas próprias convicções.”
O diretor jurídico da Associação de Educação Domiciliar (Aned), Alexandre Magno Fernandes Moreira, defende que “O art. 55 do ECA deve ser interpretado restritivamente, ou seja, somente estão obrigados a matricular os filhos na escola, os pais que não quiserem ou não puderem prover adequadamente o ensino domiciliar.” Entretanto, infelizmente, não tem sido esse o entendimento do nosso Judiciário.[1]

O princípio de subsidiariedade

Como se pode notar, os empecilhos para mudar o ECA são muito mais políticos, culturais e ideológicos do que jurídicos. Cabe, pois, aos pais se manifestarem de uma maneira organizada, ordeira e legal contra essa tirania. Eles devem mostrar ao Poder Público que os pais de família são os verdadeiros educadores de seus filhos, e que o Estado deve respeitar o princípio de subsidiariedade.
Tal princípio constitui um dos fundamentos da Doutrina Social Católica consignado em numerosos documentos pontifícios entre os quais as renomadas Encíclicas Qadragesimo Anno de Pio XI eMater et Magistra de João  XXIII. Este princípio pode ser, sinteticamente, assim enunciado: o Estado, seja enquanto União Federal, seja enquanto Es­tado-membro da Federação, ou Município, não deve chamar a si funções que tanto grupos sociais intermediários quanto famílias possam exercer satisfatoriamente; e a ação estatal deve ter um caráter subsidiário (subsídio, do latim subsi­dium, significa auxílio) em relação às atividades de grupos sociais privados.
Papa Leão XIII
A doutrina católica é clara a respeito do dever dos pais na educação dos filhos.  O Papa Leão XIII, na encíclica “Sapientiae christianae”, ensina: “Por natureza os pais têm direito à formação dos filhos, com esta obrigação a mais, que a educação e instrução da criança esteja de harmonia com o fim em virtude do qual, por benefício de Deus, tiveram prole. Devem, portanto, os pais esforçar-se e trabalhar energicamente por impedir qualquer atentado nesta matéria, e assegurar de um modo absoluto que lhes fique o poder de educar cristãmente os filhos, como é da sua obrigação, e principalmente o poder de negá-los àquelas escolas em que há o perigo de beberem o triste veneno da impiedade. “

Dever dos pais, educar os filhos

 O Manual de Instrução Religiosa do conhecido autor francês A. Boulenger ao tratar, na 6ª lição, do 4º Mandamento da Lei de Deus, honrar pai e mãe, ensina que os deveres dos pais para com os filhos são: afeto, educação e exemplo.
A educação tem objeto duplo: corpo e alma. Seu fim é desenvolver as faculdades físicas, intelectuais e morais da criança.
a) Os pais têm obrigação de proporcionar, aos filhos, a subsistência material. É um dever que se impõe logo no alvorecer da existência da criança. Cabem à mãe, os primeiros desvelos. Ela é quem há de, primeiro, alimentar a criancinha. E não pode falhar à sua missão providencial. Não pode, sem motivo ponderoso, furtar-se ao papel essencial da maternidade: criar, ela mesma, a prole. Quando maiorzinha essa, será o pai, mais particularmente indicado para prover ao sustento material da família. Ou melhor, pai e mãe hão de conjugar seus labores, cada um na esfera de sua atividade, para ministrar aos filhos o de que precisam, quanto ao alimento e à roupa, segundo as exigências de sua posição social e as possibilidades de sua situação.
b) Cumpre, além disso, que zelem pelo desenvolvimento das forças corporais de seus filhos, incitando-os a lançar mão, para isto, de exercícios físicos em harmonia com a idade: a saúde do corpo é, com efeito, poderoso fator de saúde da alma (mens sana in corpore sano). É no enrijar dos elementos de resistência do organismo, que os menores habilitar-se-ão a enfrentar os embates da existência, as lutas da vida, e a dobrar-se, serenos e inamolgáveis, às duas leis magnas do sofrimento e do sacrifício.
c) Enfim, precisam acostumar os filhos ao trabalho. O meio mais eficaz, nisto como em tudo, não esqueçam que é o bom exemplo. Trabalhar com afinco, perseverante e aturadamente, muito embora suas posses lhes permitam eximir-se, viver no ócio e nos divertimentos.” [2]
            É também dever dos pais, segundo a doutrina católica, a educação intelectual e moral que “consiste na formação das duas faculdades mais nobres da criatura humana: a inteligência e a vontade, por meio da instrução e da educação propriamente dita.
a) Instrução — É da máxima importância o cultivo do espírito. Antes, porém, de encaminhar os filhos neste ou naquele ramo, de enfronhá-los nestas ou naquelas ciências, os seus mentores hão de levar em conta, os gostos e as aptidões dos pequenos. Do contrário, teriam, mais tarde, de curtir amargas decepções, cruéis e irremediáveis desenganos. Devem descobrir e auxiliar os planos divinos; logo indagar da vocação dos filhos, favorecê-los de toda a maneira, abstraindo por completo dos interesses mesquinhos, ou de estultos sonhos de megalomania.
b) Educação — Por mais alevantado que seja, o valor da instrução, ela seria vã, balofa, e até extremamente prejudicial, se não ombreasse com ela, emparelhando, a educação. É pérola preciosa, um espírito acepilhado. Joia de mais fino quilate, porém, a vontade reta e forte, o caráter adamantino. Consegue-se esta lapidação lenta, pela persuasão, pela autoridade, pela influência moral de todas as horas. Exige dos pais o cumprimento escrupuloso de dois deveres de relevância suma: vigiar e corrigir.” [3]

Falhas da educação moderna nas escolas

A principal objeção de “especialistas” contra o homeschooling, está no afastamento do convívio social com outras crianças; é preciso ter “socialização”, alegam. Para eles, a criança tem que aprender a conviver com as “diferenças”, sem preconceitos. Essas “diferenças”, certamente, são os gays, lésbicas e outras denominações do tipo. Isto vai na lógica da ideologia de gênero que querem impor nas escolas.
Outro argumento absurdo, segundo o Sr. Ricardo Dias, presidente da ANED (Associação Nacional de Educação Domiciliar), é de “que os pais que não mandam os seus filhos para a escola são egoístas. Não pensam na sociedade.”
As famílias adeptas do Ensino Domiciliar discordam desse argumento, pois socialização se aprende com os pais, irmãos, familiares, vizinhos, amigos das aulas de esporte, de música etc. Elas entendem que é necessário combater os princípios absurdos aplicados em nome da igualdade dos sexos e da liberação da mulher, de uma “socialização” que tem como objetivo a imposição daideologia de gênero e da educação sexual com cartilhas pornográficas, muitas vezes distribuídas pelo MEC.
O prof. Rinaldo Belisário, cujos filhos estudaram pelo método homeschooling, assinala as principais vantagens desse sistema:
“1. O ensino é de um para um, exclusividade. Faz menção ao ensino acadêmico dos filhos dos reis nos tempos antigos. 
2. O aprendizado busca entender e assimilar o conceito/entendimento sobre a matéria/assunto.
3. Busca aprimorar o desenvolvimento por meio daquilo que chama interesse do estudante.
4. Leva menos tempo em aprender e possibilita o desenvolvimento na leitura aplicada.
5. O convívio em grupo é baseado no ambiente familiar, aperfeiçoando o caráter de cada indivíduo. Verdadeira sociabilidade.” [4]
Em palestra proferida na Global Home Education Conference 2016, no Rio de Janeiro, o prof. Rafael Falcon declarou: “A escola moderna não pode oferecer uma educação clássica. O único modelo que atualmente pode oferecer educação clássica, ou educação no sentido pleno, é o homeschooling e nenhum outro. E na medida em que a educação institucional se abrir para o homeschooling – e se tornar mais parecido com ele – ela voltará a ser educativa. É por isso que o homeschooling será o pivot de uma transformação social, para o bem de todos. E as escolas se aproveitarão disso.” [5]
*         *         *
O crescente número de famílias adeptas do homeschooling tanto nos Estados Unidos como no Brasil é característica da insatisfação contra o ensino moderno e do totalitarismo do Estado. As dificuldades impostas pelo ECA (que, nessa parte, deveria ser revogado) e pelo Judiciário, demonstram também o interesse de destituir o pátrio-poder. Desta forma, as crianças ficam sujeitas a uma doutrinação socialista e imoral, como é caso de ideologia de gênero, da educação sexual, do kit gay etc.
homeschooling daria meios para os pais de educar os seus filhos de uma maneira sadia e seria uma forma de fazer oposição a esta imposição cultural e ideológica do Estado moloch.
Referências:
[3]Idem, ibidem
 [5] https://www.youtube.com/watch?v=LjJlus8oC9M

quinta-feira, 2 de junho de 2016

A ideologia de gênero é nociva às crianças, afirmam pediatras americanos

A ideologia de gênero é nociva às crianças, afirmam pediatras americanos 



As Sagradas Escrituras nos ensinam que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança. A ideologia de gênero quer destruir essa imagem de Deus nos seres humanos.

A ideologia de gênero é a negação da verdade conhecida como tal. Ela quer fazer crer que ninguém nasce com sexo definido. Isto é um disparate inconcebível. Parece até chegar às raias da loucura, de um problema psiquiátrico. Maior loucura ainda é querer impor ao mundo essa ideologia como sendo algo normal, de modo a cada um escolher o próprio sexo ou admitir a existência de um terceiro sexo.

As Sagradas Escrituras, contudo,  nos ensinam que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança: “Façamos o ser humano à nossa imagem, de acordo com a nossa semelhança.” Genesis 1, 26. E Deus “os fez homem e mulher” S. Marcos 10,6. A ideologia de gênero quer destruir essa imagem de Deus nos seres humanos.
Assim sendo, poder-se-ia dizer que somente o demônio arquitetaria um plano desses. Sabendo ele que não consegue destruir o próprio Deus, faz como alguém que odeia de morte uma pessoa, mas sem poder matá-la, destrói sua fotografia conspurcando-a da maneira mais abjeta.
Este site tem tratado deste assunto diversas vezes e tem trazido declarações de importantes médicos e cientistas do mundo inteiro que mostram que a ideologia de gênero não passa de uma tese sem nenhum fundamento científico. Na Noruega, por exemplo, um programa de televisão foi suficiente para desmascarar a farsa dessa teoria e levou o governo daquele país a cortar as vultosas verbas que dedicava a uma organização que tinha por objetivo o desenvolvimento e aplicação desses princípios meramente ideológicos. [1]
*       *       *
Recentemente, o American College of Pediatricians, uma importante associação de pediatras dos Estados Unidos, declarou que a “ideologia de gênero é nociva às crianças” e que “todos nascemos com sexo definido”. [2]
Essa associação  faz um apelo para “educadores e legisladores rejeitarem todas as políticas que condicionem as crianças a aceitarem” a ideologia de gênero. Ela expõe cientificamente suas razões em oito itens.
A íntegra da nota escrita pelos pediatras norte-americanos pode ser lida a seguir:
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“O Colégio Americano de Pediatria insta educadores e legisladores a rejeitarem todas as políticas que condicionam as crianças a aceitar como normal uma vida de representação química e cirúrgica do sexo oposto. Fatos – não ideologia – determinam a realidade.
1 – A sexualidade humana é um traço biológico binário objetivo: “XY” e “XX” são marcadores genéticos de saúde, não de um distúrbio. A norma para oprojeto humano deve ser concebido como macho ou fêmea. A sexualidade humana é binária por princípio, com finalidade óbvia de reprodução e florescimento de nossa espécie. Esse princípio é auto-evidente. Os distúrbios extremamente raros de diferenciação sexual (DSD – disorder of sexual differentiation) — inclusive, mas não apenas, a feminização testicular e hiperplasia adrenal congênita — são todos desvios medicamente identificáveis da norma binária sexual, e são justamente reconhecidos como distúrbios do projeto Indivíduos com DSDs não constituem um terceiro sexo.
2 – Ninguém nasce com um gênero. Todos nasceram com um sexo biológico. Gênero (uma consciência e senso de si mesmo como homem ou mulher) é um conceito sociológico e psicológico, não um conceito biológico objetivo. Ninguém nasce com uma consciência de si mesmo como masculino ou feminino; essa consciência se desenvolve ao longo do tempo e, como todos os processos de desenvolvimento, pode ser prejudicada por percepções subjetivas, relacionamentos e experiências adversas da criança, desde a infância. As pessoas que se identificam como “sentindo a si mesmos como se fossem do sexo oposto” ou “em algum lugar entre os dois sexos” não compreendem um terceiro sexo. Elas permanecem homens biológicos ou mulheres biológicas.
3 –  A crença de uma pessoa, que ele ou ela é algo que não é, trata-se, na melhor das hipóteses, de um sinal de pensamento confuso. Quando um menino biologicamente saudável acredita que é uma menina, ou uma menina biologicamente saudável acredita que é um menino, um problema psicológico objetivo existe, que está na mente, não no corpo, e deve ser tratado como tal. Essas crianças sofrem de Disforia de Gênero (DG). Disforia de Gênero, anteriormente conhecida como Transtorno de Identidade de Gênero (TIG), é um transtorno mental reconhecido pela mais recente edição do Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-V). As teorias psicodinâmicas e sociais de DG/TIG nunca foram refutadas.
4 – A puberdade não é uma doença, e hormônios que bloqueiam a puberdade podem ser perigosos. Reversíveis ou não, hormônios que bloqueiam a puberdade induzem a um estado patológico — a ausência de puberdade — e inibem o crescimento e a fertilidade em uma criança até então biologicamente saudável.
5 – De acordo com o DSM-V, cerca de 98% de meninos e 88% de meninas confusas com o próprio gênero, aceitam seu sexo biológico depois de passarem naturalmente pela puberdade.
6 – Crianças que usam bloqueadores da puberdade para personificar o sexo oposto vão requerer hormônios do outro sexo no fim da adolescência. Esses hormônios (testosterona e estrogênio) estão associados a riscos à saúde, incluindo, mas não apenas, aumento da pressão arterial, formação de coágulos sanguíneos, acidente vascular cerebral e câncer.
7 – Taxas de suicídio são vinte vezes maiores entre adultos que usam hormônios do sexo oposto e se submetem à cirurgia de mudança de sexo, mesmo na Suécia, que está entre os países mais afirmativos em relação aos LGBQT. Que pessoa compassiva e razoável condenaria crianças a este destino, sabendo que após a puberdade cerca de 88% das meninas e 98% dos meninos acabarão por aceitar a realidade e alcançar um estado de saúde física e mental?
8 – Condicionar crianças a acreditar que uma vida inteira de personificação química e cirúrgica do sexo oposto é normal e saudável, é abuso infantil.Endossar discordância de gênero como normal através da rede pública de educação e de políticas legais confundirá as crianças e os pais, levando mais crianças a buscar “clínicas de gênero”, onde lhes serão dados medicamentos bloqueadores da puberdade. Isso, por sua vez, praticamente garante que eles vão “escolher” uma vida inteira de hormônios do sexo oposto, cancerígenos e tóxicos, e provavelmente considerar desnecessária a mutilação cirúrgica de suas partes do seu corpo saudáveis quando forem adultos jovens.
Michelle A. Cretella, M.D.
Presidente da Associação Americana de Pediatras
Quentin Van Meter, M.D.
Vice-Presidente da Associação Americana de Pediatras
Endocrinologista Pediátrico
Paul McHugh, M.D.
Professor Universitário de Psiquiatria da Universidade Johns Hopkins Medical School, detentor de medalha de distinguidos serviços prestados e ex-psiquiatra-chefe do Johns Hopkins Hospital
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Referências: